Inflação Ao Consumidor Sobe Mais do Que o Esperado nos Estados Unidos

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Os gastos dos consumidores dos Estados Unidos avançaram em fevereiro, provavelmente impulsionados pelos preços mais altos. O cenário pode ampliar os temores de que a economia esteja enfrentando um período de crescimento morno e inflação alta, em meio a uma escalada nas tensões comerciais.

No último mês, os gastos dos consumidores, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica, subiram 0,4%, depois de uma queda revisada de 0,3% em janeiro, informou o Departamento de Comércio nesta sexta-feira (28). Economistas consultados pela Reuters previam que a inflação ao consumidor subiria 0,5%, depois de uma queda de 0,2% relatada anteriormente no primeiro mês de 2025.

O presidente Donald Trump anunciou uma série de ações tarifárias desde que assumiu o cargo em janeiro. Na quarta-feira (26), Trump revelou uma taxa de 25% sobre carros e caminhões leves importados, que deve vigorar a partir da próxima semana. Economistas dizem que o tamanho e a maneira como as tarifas estão sendo tratadas são prejudiciais ao crescimento econômico.

A confiança das empresas e dos consumidores se deteriorou consideravelmente, aumentando os riscos de uma recessão, com a expectativa de que os parceiros comerciais dos Estados Unidos retaliem com suas próprias tarifas. Por conta disso, o déficit comercial aumentou drasticamente, já que muitas empresas correram para garantir as importações.

Os consumidores, também ansiosos para evitar preços mais altos, anteciparam seus gastos em dezembro. O declínio nas compras preventivas, bem como as temperaturas frias fora de época e as tempestades de neve, esfriaram os gastos no início do ano.

Antes dos dados, as estimativas do Produto Interno Bruto (PIB) para o primeiro trimestre estavam, em sua maioria, em torno de 1,0% e as chances de uma contração aumentaram. A economia cresceu em um ritmo de 2,4% no último trimestre de 2024.

Trump vê as tarifas como uma ferramenta para aumentar a receita, compensando seus cortes de impostos prometidos, e uma forma de reviver a base industrial dos EUA, que está em declínio há muito tempo. Para a próxima semana, o presidente dos Estados Unidos planeja anunciar uma onda de tarifas recíprocas. Os economistas, no entanto, argumentam que as tarifas serão inflacionárias no curto prazo.

O índice de preços PCE aumentou 0,3% em fevereiro, após um avanço não revisado de 0,3% em janeiro, em linha com a expectativa de economistas. Nos 12 meses até fevereiro, os preços aumentaram 2,5%, igualando o resultado de janeiro. Se excluídos os componentes voláteis de alimentos e energia, o índice subiu 0,4%, após um avanço não revisado de 0,3% em janeiro. Nos acumulado dos últimos 12 meses, o núcleo da inflação teve alta de 2,8%, de 2,7% em janeiro. O banco central dos EUA, Federal Reserve (FED) acompanha as medidas do PCE para sua meta de inflação de 2%. Na semana passada, a autoridade monetária deixou sua taxa de juros inalterada, na faixa de 4,25% a 4,50%.

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