Quem é a freira, amiga do Papa, que quebrou protocolo no funeral?

Freira francesa se despede do amigoReprodução/Redes Sociais

Geneviève Jeanningros, 81 anos, é uma religiosa francesa da congregação Pequenas Irmãs de Jesus, fundada nos anos 40. Desde a década de 1960, ela mora em um trailer itinerante, acompanhando artistas de circo, trabalhadores de parques de diversão, ciganos e outras populações nômades na Itália.

A história dela se cruza com a do Papa Francisco. Segundo relatos da imprensa internacional, eles se conheceram quando o pontífice era o arcebispo de Buenos Aires, ainda chamado pelo nome de batismo, Jorge Mario Bergoglio.

Os dois teriam, inclusive, um encontro semanal, sempre às quartas-feiras. A amizade era tão antiga que o Papa até deu um apelido para ela: ”enfant terrible” (criança terrível).

Funeral do Papa

Uma imagem que circulou pelas redes sociais mostra a religiosa parada com uma mochila nas costas, num choro solitário, tendo a permissão de aproximar do caixão do amigo.

Isso aconteceu na Basílica de São Pedro, onde bispos e cardeais pararam, um a um, para se despedirem do Papa. O protocolo determinava que apenas esses religiisos do alto clero e funcionários do Vaticano podiam se despedir do pontífice primeiro.

Contudo, a Guarda Suíça (força militar do Vaticano) permitiu que a religiosa de 81 anos tivesse acesso ao local por saber que o Papa desejaria sua presença, conforme noticiou o portal de notícias do El Mundo.

A sala de imprensa do Vaticano confirmou que, a pedido expresso do próprio pontífice antes de falecer, algumas “amizades emblemáticas” teriam acesso prioritário ao velório. Jeanningros figurava nessa lista.

Trajetórias semelhantes

Ao longo de sua trajetória, uma das frases marcantes da freira dizia que “ninguém deve ser descartado”, fazendo menção à presença de pessoas trans e casais homoafetivos nas audiências com o Papa.

Ela mesma é conhecida por fazer um trabalho social com minorias, incluindo pessoas LGBTQIA+ e trabalhadores precários – com quem a irmã convive há quase 60 anos -, ilustrando a linha pastoral de Francisco voltada às periferias humanas.

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