Qual é a taxa de atualização máxima em Hz que minha placa de vídeo suporta?

Quando falamos de jogos de PC, sempre existe uma busca por fluidez de imagem com altas taxas de FPS, algo que está diretamente ligado a taxa de atualização de imagem (Hz) do monitor. A placa de vídeo é peça chave em relação a isso, já que é ela quem renderiza a imagem. Mas, afinal, o limite de Hz está atrelado à GPU ou ao monitor?

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Para a placa de vídeo, o céu é o limite em relação aos Hz. Quem a limita é o monitor e sua taxa máxima de atualização de imagem. Além disso, existem outros fatores como os cabos, cada com suas próprias limitações. Vamos entender como funciona tudo isso.

Entendendo o básico: FPS vs. taxa de atualização (Hz)

Os conceitos são bem parecidos e um depende do outro. Começando pelo monitor, os Hz (que vem do físico alemão Heinrich Rudolf Hertz, quem descobriu as ondas eletromagnéticas) são um indicativo de quantas vezes um monitor exibe uma imagem por segundo. Quanto maior esse número, mais suave e fluída é a imagem.


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E não só imagem de vídeo e jogos, mas também o uso comum do PC, como o simples movimentar do ponteiro do mouse, ou a ligeira animação do menu iniciar abrindo, tudo é muito mais “lisinho” em taxas de Hz maiores. O padrão é 60 Hz há muito tempo, mas já não é difícil encontrar monitores que ofereçam muito mais do que isso.

Já os FPS (quadros por segundo, em inglês), apesar de bastante difundido entre os jogos, também está presente em vídeos de qualquer tipo. Mas focando nos games, é a medida que revela quantas quadros, renderizados pela placa de vídeo, estão sendo apresentados na tela a cada segundo. Mais uma vez: quanto maior, mais fluída a imagem é.

Relacionando os dois, o ideal é que a taxa de FPS de um jogo seja maior do que o limite de Hz de um monitor. Assim, a imagem é mais fluída e não acontecerá cortes na tela (screen tearing). Existem soluções integradas nos monitores que sincronizam a imagem, eliminando esses cortes: NVIDIA G-Sync para usuários de GPUs GeForce, e AMD FreeSync para donos de placas Radeon.

Afinal, a placa de vídeo tem limite de Hz?

Não, a GPU não é limitada pela taxa de Hz assim como é o monitor. O limite na geração de quadros por segundo de uma placa de vídeo está atrelado a sua própria capacidade de processamento, mas existem variáveis nesse meio. Vamos dar uma olhada em algumas:

  • Poder de processamento da GPU: aqui não existe segredo, quanto mais forte a placa de vídeo, mais FPS ela vai entregar em qualquer jogo;
  • Resolução: esse é um dos aspectos mais pesados quando falamos de jogos, porque em resoluções altas (1440p e 4K, por exemplo), a GPU precisa renderizar mais pixels, diminuindo o FPS;
  • Configurações gráficas do jogo: nos games, opções como texturas, sombras, anti-aliasing e outros efeitos, se configurados na qualidade máxima, pesa muito na placa de vídeo, que acaba perdendo desempenho;
  • Processador: é sempre importante uma CPU andar em pé de igualdade com a GPU, já que um processador fraco pode limitar a placa de vídeo, e por isso, o jogador terá menos FPS, o famoso gargalo.
Placas como a GeForce RTX 5080 com DLSS 4 pode entregar centenas de FPS se o monitor permitir (Foto: Brenno Barreira/CanalTech

Além disso, alguns jogos por si só são mais exigentes do que outros por algumas questões específicas. Alan Wake 2, Indiana Jones e Cyberpunk 2077 são bons exemplos e contam com as melhores implementações de ray tracing. Esse recurso é extremamente pesado e ao ligá-lo, verá seus FPS despencarem. Podemos adicionar também motor gráfico. A Unreal Engine 5, por exemplo, é bem pesada e costuma até ser instável em alguns títulos.

O fator cabos e portas de vídeo também é importante. Hoje temos algumas soluções no mercado que permitem Hz altos, e que outros focam mais em resolução e menos em Hz. O HDMI 2.0 entrega 1440p@144 Hz, mas essa taxa de atualização de imagem já não é possível em 4K. Porém o HDMI 2.1 e DisplayPort 1.4 conseguem fazer isso.

Saiba o potencial da sua placa de vídeo na prática

É sempre interessante saber do que sua placa de vídeo é capaz de fazer. Para isso, existem inúmeras ferramentas. Benchmarks sintéticos são um deles. É possível rodar testes bem pesados e comparar os resultados com outras GPUs no banco de dados do benchmark.

As métricas no canto mostram o limete de 180 Hz do meu monitor (Imagem: Raphael Giannotti/Canaltech)

Além disso, muitos jogos contam com seus próprios benchmarks nativos. Dá para rodar o teste em diferentes configurações gráficas e, ao final de cada teste, é apresentado as estatísticas do seu PC, com foco na taxa de FPS alcançado. Isso é ideal para identificar o nível do seu PC naquele determinado título.

Durante a jogatina, o PC gamer tem diferentes soluções para monitorar o hardware e a taxa de quadros por segundo. Alguns deles são o MSI Afterburner, NVIDIA GeForce Experience, AMD Adrenalin, entre outros. Monitorar o hardware durante o gameplay é importante para saber como seu PC se comporta e ver até mesmo qual componente limita a performance.

Otimizando o setup gamer para altas taxas de atualização

Existem diferentes formas de arrancar mais FPS da placa de vídeo em jogos. O principal é ficar de olho nas configurações gráficas do game. Aqui vai uma dica de ouro: não jogue os games de PC no ultra. Efeitos no máximo custam muito ao PC, principalmente a GPU, e não entregam melhorias que condizem com a exigência de processamento em relação a um preset abaixo.

Precisamos prestar atenção em outras otimizações fora dos jogos que também podem contribui para alcançar altas taxas de FPS e extrair o máximo dos Hz de seu monitor. Atualização de driver de vídeo é algo que deve ser mantido em dia. Além disso, vale dar uma olhada nas configurações de tela do Windows para garantir que a taxa máxima de atualização de imagem está selecionada.

Para configurar a taxa de Hz no Windows 11, vá até a opção “Exibição Avançada” em “Tela” nas configurações (Imagem: Raphael Giannotti/Canaltech)

É importante saber o cabo que está usando para aproveitar ao máximo sua tela. Sempre verifique a compatibilidade entre a placa de vídeo e o monitor. E caso seu modelo tenha suporte a G-Sync e FreeSync, é sempre bom fazer uso com a placa de vídeo compatível.

Conclusão

Lembre-se: não existe limite para a taxa de imagem entregue pela placa de vídeo, isso está atrelado ao monitor, além de outros fatores como cabos configurações dos jogos e outros pontos que abordamos aqui.

Vale ressaltar também que não adianta ter um monitor com taxa de 60 Hz e um PC capaz de entregar mais do que isso nos jogos. Na prática, você estará desperdiçando desempenho e não verá os 60 FPS+ que sua máquina está fazendo, gerando consumo extra de energia e consequente aquecimento desnecessário no hardware.

Fique de olho também no equilíbrio entre desempenho (FPS) e qualidade de imagem. Já que, muitas vezes, não vale a pena jogar um game feio com configurações gráficas baixas para extrair o máximo de Hz que seu monitor entrega.

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