Conversamos com a The Driver Era sobre moda, estilo e tendências

Primeiramente, se você ainda não conhece a The Driver Era, eu te convido a dar um play nos álbuns da banda no seu aplicativo de música favorito. Formada pelos irmãos Rocky e Ross Lynch — sim, o Austin da série da Disney Austin & Ally —, a banda está na ativa desde 2018 e acumula hits como A Kiss e Rumors, com um som que mistura indie, rock e aquela pitada de pop que a gente ama (bom, pelo menos eu adoro).

A dupla esteve no Brasil entre os dias 30 de abril e 2 de maio para duas apresentações, no Rio de Janeiro e em São Paulo, respectivamente. Por sorte, estivemos por lá e pudemos bater um papo com os irmãos sobre moda e estilo. Afinal, além das músicas realmente viciantes, os dois também têm uma coleção de looks icônicos — entre terninhos oversized, mix de anéis estilosos e peças casuais e despojadas, sempre com aquele toque effortlessly cool que só os dois sabem misturar, sabe?

Foto: The Driver Era (Reprodução/Instagram)

Confesso que estava um pouco nas nuvens quando entrei no camarim — caso ainda não tenha ficado claro, eu gosto muito (muito) da banda. Mas mantive a linha profissional, claro. Fiz uma notinha mental sobre o visual de cada um: Ross usava um tipo de echarpe no pescoço, um acessório inusitado, mas que fazia todo sentido ali. Por baixo, estava com uma camisa de mangas curtas que, mais tarde no show, revelaria uma regatinha branca com a bandeira do Brasil bordada no peito — até onde sei, presente de uma fã.

Rocky estava mais sóbrio, mais neutro: jeans escuros, camisa azul-marinho e um tênis clássico. Mas os dois usavam anéis. Péssimo momento para ter esquecido os meus melhores em casa — talvez eu até pudesse ter puxado assunto com isso.

Pensando nessas peças, primeiro comecei perguntando ao Rocky quais seriam as três peças que definem seu estilo, a resposta veio com uma vibe bem descontraída: um relógio vintage, um dad hat (aquele boné com carinha de achado de brechó) e uma camiseta herdada, daquelas que contam história. Já Ross, sempre camaleônico, diz que alterna entre roupas justíssimas e modelagens ultra amplas dependendo do mood do dia — mas nunca abre mão dos óculos escuros e de muitos acessórios. “Acho que hoje em dia, eu diria que joias e óculos são indispensáveis”, contou.

Foto: Ross Lynch (Reprodução/Instagram)

Depois, perguntei sobre parcerias fashion dos sonhos. Ross cita Pharrell — atual diretor criativo masculino da Louis Vuitton — como uma referência criativa interessante, mas admite que suas participações em desfiles e eventos de moda têm aguçado seu olhar. “Tenho ido a alguns desfiles da AMI recentemente, que são muito legais. E também já passei pela Balenciaga”, comentou.

Para descontrair, pensei em um um joguinho rápido de tendências — daqueles de kiss, marry or kill — os irmãos mostraram que, apesar das semelhanças, seus estilos têm nuances próprias. Enquanto Rocky casaria com os tênis Onitsuka Tiger (“gastei muitos dólares importando vários pares para Los Angeles“), Ross daria um match eterno com os ternos oversized. E os dois, mesmo com ressalvas, dariam um beijinho nas jaquetas de couro estilo bomber.

Ah, vale dizer que o Rocky ficou levemente ofendido com o fato de o Ross querer “dar um fim” nos tênis da Onitsuka — eu também fiquei, Rocky, mas tudo bem. Depois, o Ross explicou que não é exatamente um “sneakerhead” e que prefere usar seus pares até estarem completamente destruídos. Justo, vai?

Foto: The Driver Era (Reprodução/Instagram)

E quando a conversa chegou aos looks memoráveis, Ross foi direto: “Sinceramente, já fiz muita coisa legal. No universo da moda, já usei muitos looks incríveis em sessões de fotos, videoclipes, em vários contextos, então é meio difícil apontar só um.” Já Rocky destacou justamente o oposto — a força do simples. Ele relembrou um show no Pier 17, em Nova York, onde usava apenas uma camiseta branca. “Às vezes, o simples funciona. Tinha começado com um casaco por cima, mas acabei tirando… e alguma coisa naquele momento ficou legal”, refletiu.

Os dois provam que estilo não é sobre regras, e sim sobre se sentir bem e experimentar. E a gente, claro, segue de olho — e salvando tudo na pastinha de inspiração.

Apesar de não ter conseguido puxar papo sobre o novo álbum, Obsession é o quarto trabalho do The Driver Era e, pessoalmente, meu favorito até agora. As músicas — e até a estética de clipes como “Don’t Take the Night” — têm uma pegada oitentista irresistível. Inclusive, o fundo do telão durante essa faixa no show é todo colorido, com shapes clássicos e bem característicos dos anos 1980.

Fica aqui meu destaque para Same Old Story e You Keep Me Up At Night, que, aliás, são as favoritas dos dois na hora de cantar ao vivo. E olha, dá vontade real de dançar — ou pelo menos mexer os pés e a cabeça. Posso confirmar: ouvir essas faixas ao vivo é incrível, e o STL estava lá na última sexta (02) para sentir tudo de perto. Por isso, fica o convite: dá o play no álbum e já garante seu ingresso numa próxima passagem da banda por aqui. Afinal, essa já é a terceira vez deles no Brasil. Alguém libera um CPF para os dois, por favor?