Meu estilo se perdeu na maternidade e aqui vão dicas para você se encontrar

Quando nos tornamos mães, é impossível que não haja mudanças profundas em nós. Nosso corpo, nossa cabeça, nossas prioridades, amizades e até mesmo a química do nosso cérebro passam por transformações intensas e radicais. E, claro, não seria diferente com o nosso estilo.

Você provavelmente já ouviu vários relatos de mulheres que se sentiram perdidas em suas roupas após a maternidade, não é? E isso é absolutamente normal! Nosso corpo muda, e passamos a precisar de peças que se ajustem à nova realidade. Por isso, é comum que, para muitas mulheres, o estilo precise passar por uma reconfiguração.

Comigo não foi diferente. Passei a gestação e os primeiros meses de pós-parto um pouco perdida em relação ao meu próprio estilo. As roupas que antes amava não me serviam mais, e as peças que comprei durante os 9 meses de gestação, eu simplesmente não queria ver nem pintadas de ouro. Foram anos até me reencontrar e redescobrir o prazer de me vestir novamente. O mais importante, nesse processo, é não se cobrar demais, ser paciente e gentil consigo mesma e aproveitar cada momento dessa nova fase da maternidade – porque, acredite, tudo passa muito rápido.

Para acolher todas as mamães por aí e dar algumas dicas sobre como recuperar o estilo, conversei com algumas mães e pedi um pouco da experiência de cada uma delas. Confira:

Mulher de boné tira selfie em ambiente moderno com decoração minimalista. Tema de maternidade não é aplicável.

Foto: Giulia Coronato (Reprodução/Instagram)

Giulia Coronato: “Meu estilo mudou bastante desde que minha filha nasceu. Acredito que é quase inevitável passar por mudanças na forma como nos vestimos nesse período. Afinal, nosso corpo muda, nossas necessidades mudam… na verdade, não tem uma coisa que não mude. Mas, no geral, sinto que os pilares do meu estilo permaneceram os mesmos, com algumas adaptações.

Um exemplo muito claro dessa transformação foi a minha relação com o conforto. Eu sempre fui do time que abria mão do conforto para me sentir bonita e bem-vestida — hoje, só de pensar em estar desconfortável, já me dá pavor. Parei de usar saltos e comprimentos muito curtos, e deixei de lado várias peças do meu guarda-roupa simplesmente porque têm algo que me incomoda, como um botão, uma etiqueta que fica raspando no corpo e por aí vai.

Se eu pudesse dar uma dica para as mamães que estão se sentindo perdidas e desconectadas das próprias roupas, seria: selecione algumas peças do seu armário que você realmente ama e quer continuar usando, e comece por elas. Monte looks que valorizem esses itens e, principalmente, que façam você se sentir bem.

Lembro de um vestido preto de malha que foi um verdadeiro suporte para o meu estilo e autoestima no pós-parto. Ele me reconectou com aquela Giulia que sempre amou se vestir, ao mesmo tempo em que era funcional para a amamentação e confortável para o meu novo corpo.”

Mulher sentada em escadaria de pedra, segurando um bebê, simbolizando maternidade em ambiente natural.

Foto: Claudiana Ribeiro (Reprodução/Instagram)

Claudiana Ribeiro: “Uma das maiores questões no pós-parto, pra mim, foi o peso e o aumento dos seios. Sempre ouvi que amamentar faz emagrecer — mas, por aqui, não foi bem assim (rs). Engordei cerca de 10 kg na gestação, o que até considero pouco, mas que impactou bastante na hora de montar meus looks.

Após o nascimento do meu filho, perdi uns 4 kg nas primeiras semanas, e os outros 6 kg continuaram. Durante a amamentação, acabei comendo mais para produzir leite, então meu peso se manteve estável. Hoje, com 10 meses de pós-parto e voltando à rotina de sair e trabalhar, sinto que meu estilo continua o mesmo, mas precisei adaptar algumas escolhas. Passei a priorizar blusas com abertura frontal e deixei de usar alguns tops — que eu amava — porque agora uso uma numeração bem maior.

Não cheguei a comprar novas roupas nem durante a gravidez. Fui me virando com o que já tinha e adaptando ao que me fazia sentir bem.

Uma dica para as futuras mamães: não se cobrem tanto! Vocês estão em uma nova fase, com novas prioridades. Sei que o medo de se perder pode ser grande, mas podem ter certeza de que vocês estão apenas se transformando em uma nova mulher, ainda mais especial! Olhem para o guarda-roupa com carinho e observem o que as deixa confortáveis; foquem nisso neste primeiro momento. Com o tempo, vocês irão alinhar melhor seus pensamentos e conseguirão restabelecer seu estilo novamente. Tenham calma e aproveitem cada instante dessa jornada maravilhosa!”

Pessoa carrega uma criança sorridente nos ombros em um parque ensolarado, simbolizando a maternidade.

Foto: Sofia Stipkovic (Reprodução/Instagram)

Sofia Stipkovic: “A minha dica é: dê tempo ao tempo para se encontrar no seu estilo durante e, principalmente, após ser mãe. Tenha calma com você mesma. 

Eu precisei de dois anos para (re)encontrar o meu estilo. É um processo muito louco tentar se expressar quando, na maioria das vezes, a última coisa que a gente para pra pensar é a roupa. Mas existe luz no fim do túnel e, enquanto ela não chega, está tudo bem.”

Mulher segurando bebê no colo, sorrindo em um momento de ternura que representa a maternidade.

Foto: Manuela Bordasch (Reprodução/Instagram)

Manuela Bordasch: “Eu não sinto que meu estilo tenha mudado, minha questão com a moda e a maternidade foi bem diferente. Durante toda a gestação, me recusei a comprar roupas maiores ou próprias para gestantes, na esperança de perder o peso rapidamente com a amamentação. Quando isso não aconteceu e eu não consegui perder o peso que ganhei, senti um arrependimento profundo por não ter investido em peças que realmente fizessem parte do meu estilo, mas no tamanho adequado.

Foram poucos os itens que realmente me faziam sentir confiante e bem vestida. As peças da Anselmi, por exemplo, foram um grande pilar do meu estilo durante a gestação — e continuam sendo até hoje!

Se eu pudesse dar uma dica para as mamães, seria: invista em algumas peças que te sirvam durante esses primeiros meses e anos. Escolha roupas que te lembrem do seu estilo, daquilo que você sempre gostou.”

Bianca Andrade. Maternidade

Foto: Bianca Andrade (Reprodução/Instagram)

Bianca Andrade: “A maternidade impactou o meu estilo, me transformando em uma mulher ainda mais prática, por conta de toda a responsabilidade que é ter uma empresa e ser mãe de alguém. E como não perder o estilo? Fazendo do limão uma limonada. Se você precisa de roupas mais práticas e mais inteligentes, use isso a seu favor. Uma coisa que eu faço é colocar pontos minha personalidade nos acessórios, optando por um look mais confortável, mas com um toque diferente. Assim, consigo estar sempre estilosa, sem deixar de lado a minha autenticidade, além de me sentir bem. Eu sempre falo que o básico nem sempre é sem graça. Dá pra ter um estilo prático e ao mesmo tempo colocar sua personalidade e se divertir com isso, no final das contas.”

Duas pessoas sorridentes em um parque temático, rodeadas por decorações coloridas, simbolizando a alegria da maternidade.

Foto: Sabrina Sato (Reprodução/Instagram)

Sabrina Sato: “A gravidez e toda a transformação do corpo fazem a gente pensar demais sobre o nosso estilo, lembro que na gravidez da Zoe me questionei várias vezes se continuaria me vestindo do mesmo jeito ou se ia mudar tudo. Mas a verdade é que a maternidade me fez sentir ainda mais coragem para ousar, sabia? Ser mãe me trouxe uma força diferente, que reflete na maneira como me visto. Escolho roupas que traduzem essa mulher mais segura e que não tem medo de errar!”

Quatro pessoas em um retrato preto e branco, simbolizando união familiar e maternidade.

Foto: Karla Felmanas (Gui Paganini)

Karla Felmanas: “A maternidade me trouxe uma escuta interessante dessa diferença de gerações. E quando a gente trabalha com imagem e com beleza, a escuta se torna ainda mais importante. Eu fiz faculdade de moda, né? Então no meu caso, sempre fui muito curiosa sobre o que move as novas gerações e o que faz sentido hoje. E nada como ter filhos para te manter atualizada, né? Eu tive a sorte de ter três filhos super participativos e que me dão muita opinião. Sempre que eu ia sair, mesmo eles pequenininhos, eu perguntava: ‘e aí, a roupa está legal?’. Eles têm uma sensibilidade que nos escapa às vezes, porque já nasceram com um outro repertório visual e digital. Então, sempre tive o ouvido muito aberto para a opinião deles de como eu deveria me vestir, cortar ou pintar o cabelo e por aí vai… Não é porque eu não sei o que quero, mas porque acredito muito nesse olhar fresco que eles têm.”

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