VÍDEO: Haojue DL 160 é mais uma chinesa atrás do público de Honda Bros e Yamaha Crosser; conheça


Com preço inicial de R$ 21.470, marca experimenta o mercado e espera vender cerca de 600 unidades por mês. É bastante chão até chegar nas 16 mil unidades mensais da principal concorrente. Haojue DL 160 chega para competir com Honda Bros e Yamaha Crosser
A nova aposta da Haojue para o mercado brasileiro é a trail de entrada DL 160, que chega para disputar espaço com duas campeãs de vendas, a Honda NXR 160 Bros e a Yamaha Crosser 150.
O lançamento é uma crossover clássica que mistura os aspectos tradicionais das trail com detalhes de moto de cidade. O foco é o público que gosta do apelo visual, mas que não precisa de pneus lameiros.
A DL 160 chega para completar a gama de motocicletas de 160 cilindradas da Haojue, uma empresa chinesa que chegou ao Brasil há sete anos sob os cuidados do grupo J. Toledo Motos, também representante da Suzuki no Brasil.
As demais motos com o propulsor de 162 cm³ são a DK 160 (uma street que custa R$ 16.621) e a DR 160 S (uma naked que parte de R$ 20.479).
A DL 160 tem preço inicial de R$ 21.470, ligeiramente abaixo da configuração com ABS da Honda Bros (R$ 21.890) e da Yamaha Crosser S ABS (R$ 22.590).
“A DL 160 representa um passo importante na ampliação do nosso portfólio no Brasil, com um produto que traduz a essência da Suzuki Haojue em termos de qualidade, resistência e tecnologia”, afirma Fernanda Toledo, diretora executiva do grupo.
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Haojue DL 160 parte de R$ 21.470
Divulgação | Haojue
Inspiração na V-Strom
A nova DL 160 foi desenhada com base na V-Strom, a bigtrail da Suzuki. Os faróis de LED possuem luz de posição diurna e a dianteira conta com um pequeno para-brisa.
As rodas são de 17 polegadas — diferentemente das concorrentes, a DL 160 tem rodas iguais. Bros e Crosser possuem rodas de 19 polegadas na frente e um para-lamas mais alto, o que permite passar por terrenos lamacentos com mais facilidade.
O painel de instrumentos digital é grande e facilita bastante a leitura das informações. Apesar de ser monocromático, informações como quilometragem total, velocímetro, conta-giros, hora, nível de combustível e marcha engatada são facilmente distinguíveis.
Ficou de fora uma das informações mais relevantes a média de consumo de combustível, algo que a Honda Bros tem.
DL 160 tem farol de LED acompanhado de DRL
Divulgação | Haojue
A suspensão é convencional e, para segurança, há freios ABS na frente e atrás. Nas primeiras impressões, o conjunto de amortecedores não deixou a desejar. Foi razoavelmente confortável e transmitiu um comportamento previsível, sem muitos solavancos.
Porém, não é tão confortável quanto a suspensão da Honda Bros e isso é facilmente explicado pelo curso do amortecedor. Enquanto na DL 160 há suspensão dianteira e traseira com 110 mm e 125 mm de curso, respectivamente, na Bros essas medidas são de 180 mm para ambas as rodas.
Entre as principais características da nova moto está a sua potência de 14,9 cv, ligeiramente superior ao da Honda NXR 160 Bros, que é de 14,3 cv com etanol. O torque das duas é o mesmo: 1,4 kgfm. A Crosser 150 fica abaixo das duas em termos de desempenho, com 11,7 cv e 1,3 kgfm de torque.
A nova crossover da Haojue possui freios ABS na dianteira e na traseira
Divulgação | Haojue
O grande pênalti da DL 160 é não dar a opção de abastecer com etanol. Aceitando somente gasolina no tanque de 13 litros, ela tira do consumidor a opção de abastecer com o combustível que mais lhe convir. As concorrentes japonesas são flex.
Na prática, e no pouco tempo que o g1 teve de contato com a moto, em percurso urbano e curto na cidade, deu para sentir que a moto têm fôlego, mas é preciso girar bastante o manete do acelerador para atingir o desempenho dos quase 15 cv de potência.
Afinal, a entrega total da potência só chega aos 8 mil giros, quase a rotação máxima do motor, que é de 10 mil rpm. Assim, as retomadas de velocidade até acontecem, mas demoram e é preciso andar com o giro alto para rodar como se deseja.
Assim, mesmo sem conseguir testar o consumo de combustível, será difícil que a Haojue DL 160 alcance a mesma média de consumo que conseguimos com a Honda Bros, que foi de 47,3 km/l.
A DL 160, assim como a Shineray Storm, reúne elementos visuais de Trail e City
Divulgação | Haojue
Entre os itens de série (que nas concorrentes é um equipamento à parte) está o cavalete central, que ajuda muito no momento de fazer manutenções simples na motocicleta, como lubrificar uma corrente, por exemplo.
Para fechar, o conforto do banco (ainda novo) garante uma rodagem agradável na cidade. Porém, a espuma é bastante macia e, se não tomar cuidado, pode colapsar com o tempo, sendo necessária a substituição do banco.
De acordo com Ricardo Kato, diretor comercial da Haojue, a marca espera vender cerca de 600 unidades da DL 160 por mês. Um número ainda acanhado frente aos cerca de 16 mil mensais emplacamentos da Honda Bros. Mas o executivo explica:
“Ainda precisamos abrir muitas concessionárias. Ao todo, são 140 unidades pelo Brasil, e a DL 160 chega para completar a nossa linha de produtos. Ela vai ficar junto com as duas mais vendidas, DK e DR.”
“Como as motocicletas vem da China, todo o processo desde a compra do lote, passando pelo envio da carga, chegada ao Brasil, montagem em Manaus e chegada à concessionária demora aproximadamente nove meses.”
Portanto, nem sempre é fácil fazer ajustes na demanda de um produto que é fabricado na China e comercializado no Brasil. Mas com a abertura de outras concessionárias, o grupo Suzuki Haojue espera incomodar as fabricantes no topo da tabela.
Painel de instrumentos tem informações claras, mas faltou o consumo médio
Divulgação | Haojue
Confira a ficha técnica da Haojue DL 160:
Motor: 162,4 cm³, monocilíndrico;
Potência: 14,9 cv a 8.000 rpm;
Torque: 1,4 kgfm a 6.500 rpm;
Câmbio: 5 marchas;
Comprimento: 2,02 m;
Largura: 0,75 m;
Altura: 1,19 m;
Entre-eixos: 1,34 m;
Altura do assento: 79,5 cm
Suspensão dianteira: 110 mm
Suspensão traseira: 125 mm;
Rodas: 17 polegadas;
Tanque: 13 litros.
As diferenças entre motos Trail, City e Crossover
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