Robôs Humanoides Não Substituirão Trabalhadores Humanos, Diz Especialista

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Robôs humanoides da China não substituirão trabalhadores humanos e não causarão desemprego em massa, de acordo com uma autoridade chinesa que supervisiona um centro de tecnologia em Pequim, em meio a uma rápida expansão do setor, apoiado pelo financiamento estatal.

Liang Liang, vice-diretor da Área de Desenvolvimento Econômico-Tecnológico de Pequim, que abriga um dos maiores centros de tecnologia da China, disse em entrevista na sexta-feira (16) à mídia estrangeira que não acredita que os robôs humanoides substituirão seus criadores humanos, mas aumentarão a produtividade e operarão em ambientes perigosos.

“Não acreditamos que os robôs deixarão as pessoas desempregadas, mas sim que eles aumentarão a eficiência ou assumirão tarefas que os humanos não estão dispostos a fazer – como explorar o vasto universo ou as profundezas do oceano, lugares onde as pessoas não podem ir. As máquinas podem nos ajudar”, afirmou Liang.

“Quando for noite e os humanos precisarem descansar, as máquinas poderão continuar trabalhando, fornecendo-nos produtos melhores, mais baratos e mais fáceis de usar. Portanto, vemos isso como a direção de nosso desenvolvimento futuro”, acrescentou.

Liang explicou que a primeira meia maratona de robôs do mundo, realizada no mês passado em Pequim, foi deliberadamente organizada de forma a destacar as esperanças dele e de outros apoiadores.

A meia maratona contou com duas pistas separadas por um corrimão, com humanos competindo entre si de um lado, enquanto do outro lado 20 equipes operavam robôs, cada um com tamanho e capacidade muito diferentes.

“Veja, na maratona, os humanos têm sua pista, onde ultrapassam seus limites físicos, e as máquinas têm sua própria pista, onde desafiam conjuntamente seus limites, mas não estão tentando dominar a pista humana para correr até a linha de chegada. O futuro também será assim”, disse Liang.

Liang falou com jornalistas na sede da X-Humanoid, apoiada pelo governo chinês e também conhecida como Centro de Inovação em Robótica Humanoide de Pequim, cujo robô Tiangong Ultra venceu a primeira meia maratona de robôs.

Além do modelo Ultra, voltado para esportes, que pode atingir uma velocidade máxima de 12 km/h, o centro também exibiu outros protótipos, que podem realizar tarefas rotineiras diante de obstruções e mudanças de ambiente, por exemplo.

Em uma demonstração, um funcionário mudou repetidamente a posição de um objeto ou o arrancou da mão do robô, que então recolocou o objeto e executou a tarefa até que ela fosse concluída, uma capacidade de autocorreção que, segundo o centro, será fundamental para transformar os humanoides em trabalhadores produtivos.

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