Kim Jong-un já teve passaporte brasileiro; relembre o caso

História voltou a ganhar destaque em meio à descoberta de ‘fábrica de espiões russos’ no Brasil, revelada pelo jornal americano The New York Times. Kim Jong-Un teve passaporte emitido no Brasil
Handout via Reuters
A revelação de que o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, já usou um passaporte brasileiro para circular pelo mundo voltou a ganhar destaque em meio à descoberta de uma rede de espionagem russa com ramificações no Brasil.
Nesta quarta-feira (21), o jornal americano The New York Times expôs como o Brasil se tornou uma ‘fábrica de espiões’ russos.
Em entrevista ao podcast O Assunto, o repórter Álvaro Pereira Júnior, do Fantástico, relembrou o episódio inusitado com Kim Jong-Un: segundo ele, o documento foi emitido pela Embaixada do Brasil em Praga nos anos 1990 para o líder da Coreia do Norte e seu pai , com os nomes falsos de Josef Pwag e Ijong Tchoi.
“Apareceu algum procurador dele com documentos falsos. A Embaixada do Brasil em Praga emitiu o passaporte para o Kim Jong Um para ele passear pelo mundo. Então houve viagens em que ele tinha ali um passaporte brasileiro”, explica Álvaro Pereira Júnior.
A história foi publicada no g1 em abril de 2018, informada pelo Ministério das Relações Exteriores e confirmada pelo Itamaraty.
De acordo com a agência Reuters, tanto Kim Jong-un quanto seu pai, Kim Jong-il, teriam usado identidades falsas com documentos autênticos para pedir vistos a países ocidentais.
À época, o passaporte brasileiro era mais fácil de ser falsificado. Embora os sistemas tenham evoluído e hoje o controle seja mais rígido, o documento segue extremamente cobiçado, uma vez que não exige visto em boa parte do mundo e “qualquer pessoa de qualquer aparência pode se passar por brasileiro”, afirma Álvaro.
Ouça a entrevista completa no podcast O Assunto