Por que conhecer os processos da VEJA fez toda a diferença pra mim

Por que faz toda a diferença conhecer mais as marcas que a gente consome? Essa pergunta guiou a press trip para a qual o Steal The Look foi convidado pela VEJA: uma viagem à França para ver de perto as instalações, iniciativas e pontos físicos da marca que completa 20 anos em 2025.

Mas, afinal, o que é uma press trip? É uma viagem organizada por uma empresa para apresentar novidades ou processos a jornalistas e criadores de conteúdo, que depois repassam essas informações a uma audiência ainda maior. Não é necessariamente publicidade, e sim um convite a conhecer a essência da marca.

Grupo de jornalistas na press trip da VEJA.

Foto: Press trip da VEJA (Divulgação)

Feito esse disclaimer, vamos à viagem!

Durante a imersão ficou evidente que a sustentabilidade é o grande pilar da VEJA e vai muito além da cadeia produtiva. Ela orienta o desenvolvimento dos produtos: os materiais disponíveis servem de combustível para o time pensar fora da caixa, enquanto ideias inovadoras impulsionam a busca por novos fornecedores e tecnologias de impacto positivo. Cada par de tênis carrega muitas histórias.

Vale lembrar que toda a produção é brasileira. A marca utiliza borracha da Amazônia, couro do Rio Grande do Sul, algodão do Ceará e tecido reciclado de PET de Minas Gerais, sempre com remuneração justa para recursos e mão de obra.

Átrio moderno com várias escadas brancas e balaustradas sob um teto de vidro. Interior iluminado por luz natural.

Foto: Escritório da VEJA em Paris (Divulgação)

Em Paris, o escritório segue os mesmos princípios. O prédio, que já teve diversas funções, foi reformado com o menor impacto possível, priorizando reutilização de materiais e preservação de estruturas originais.

Manequim com casaco verde sobre camisa amarela listrada. Mulher com celular refletida no espelho.

Foto: Centre Commercial (Divulgação)

Pensando que juntos vamos mais longe, a VEJA participa de projetos que reverberam seus valores. Um deles é a Centre Commercial, multimarcas de curadoria afiada que reúne negócios com a mesma visão socioambiental.

Em Bordeaux, a marca está presente no Darwin, antiga base militar da Segunda Guerra recuperada antes da demolição para abrigar iniciativas que promovem políticas socioeconômicas e ambientais. O local reúne restaurantes, destilarias orgânicas, atendimento médico popular, skatepark, coworking, fazenda urbana, moradias para famílias em vulnerabilidade, uma escola alternativa e, claro, o primeiro ponto físico da VEJA fora de Paris. O outlet vende tênis com pequenos defeitos, protótipos e coleções atuais a preços reduzidos; no mesmo espaço funcionam livraria, café, sapataria e tanques de doação, que aceitam calçados de qualquer marca.

Pessoa de colete verde em um armazém com estantes e caixas, sinalização VEJA visível no fundo.

Foto: Log’Ins (Divulgação)

Para entender a logística, visitamos o Log’Ins, centro de distribuição cujo nome já resume o conceito: logística e inclusão. A maioria dos colaboradores é de pessoas com deficiência que trabalham ali por até dois anos, adquirindo experiência para o mercado de trabalho. Aproximadamente 190 mil pares de tênis passam pelo galpão todos os dias; ali chegam os contêineres vindos do Brasil e dali saem todos os pedidos online para a União Europeia, além do abastecimento das lojas físicas.

Os calçados doados também seguem para o Log’Ins, onde são desmontados e têm partes reaproveitadas em outros processos. O que ainda não pode ser reciclado é armazenado para pesquisa, sem risco de descarte inadequado.

Tênis brancos e bege da marca VEJA empilhados em caixas cinzas sobre prateleiras.

Foto: VEJA (Divulgação)

Outro destaque é o projeto de reparos. Como conta o cofundador Sébastien Kopp: “Os tênis são eternos, pensados para serem cool não por uma estação, mas por dez anos ou mais”. Para prolongar a vida útil, a marca incentiva sapatarias, oferecendo um ponto de conserto para qualquer calçado, não apenas os da VEJA. A mesma iniciativa acontece no Log’Ins, onde pares passam por nova inspeção e podem ser restaurados antes da venda, da doação ou da devolução.

Caixas rotuladas

Foto: VEJA (Divulgação)

Saindo da terceira pessoa, posso dizer que ter a oportunidade de ver tudo isso de perto é uma das coisas que mais me encanta no meu trabalho — e poder compartilhar essa experiência na enorme plataforma do STL é ainda mais gratificante, além de fundamental. Se veículos como o Steal The Look não puderem abrir as portas das empresas e mostrar seus processos, nós, consumidores, ficamos sem meios de atestar práticas e valores. Sempre que possível, comprar com consciência deve ser a nossa escolha, e espero que este conteúdo ajude você na próxima decisão.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.