Conheça o Bilionário Saudita Que É Quase “Um Membro da Família Trump”

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Em dezembro passado, Eric Trump, filho de Donald Trump e vice-presidente executivo da Trump Organization, viajou à Arábia Saudita para anunciar o lançamento de um novo projeto da marca Trump em parceria com a incorporadora saudita Dar Global: a Trump Tower Jeddah, um arranha-céu residencial de luxo com 47 andares na costa do Mar Vermelho, previsto para custar US$ 530 milhões (R$ 2,98 bilhões). Ao se dirigir ao público reunido sob um lustre de cristal em um amplo salão de hotel, ele fez questão de agradecer a Yousef Al Shelash, presidente e cofundador da empresa-mãe da Dar Global, a Dar Al Arkan.

“É um homem com quem tenho uma relação excelente. Estamos realizando projetos incríveis em todo o mundo”, disse Eric, de 41 anos, sobre Al Shelash, que estava sentado à mesma mesa. “Ele se tornou verdadeiramente um membro da família Trump e alguém por quem tenho um carinho enorme.”

Três minutos depois, ao subir ao palco, Al Shelash retribuiu o elogio. “Iniciamos nosso relacionamento com a Trump Organization há quase uma década”, afirmou. “A relação não começou como uma parceria comercial, mas sim como uma amizade que continuou a crescer.”

Entre todos os empresários com quem a Trump Organization tem parcerias durante o segundo mandato de Donald Trump — passando por Índia, Indonésia e chegando ao Vietnã — Al Shelash pode ter sido o que mais pagou ao presidente americano. Sua empresa anunciou pelo menos seis projetos imobiliários de luxo com a marca Trump nos últimos três anos, em Dubai, Omã, Catar e Arábia Saudita. E são negócios lucrativos: Trump revelou ter recebido US$ 7,85 milhões (R$ 44,3 milhões) em taxas de licenciamento de um único projeto da Dar Global, em Omã, entre 2021 e o início de 2024, segundo suas duas divulgações financeiras mais recentes.

Com pelo menos outros cinco acordos em andamento, o presidente americano provavelmente ganhará milhões adicionais com contratos de licenciamento e gestão com a Dar Al Arkan ao longo de sua presidência.

Pouco conhecido fora de seu país natal, Al Shelash conseguiu manter-se longe dos holofotes, mesmo ao concordar em investir milhões para se associar ao político mais famoso do mundo. Embora não seja tão rico quanto Trump, que possui uma fortuna estimada em US$ 5,5 bilhões (R$ 31 bilhões), Al Shelash é um homem de posses. A Forbes estima que ele tenha um patrimônio de US$ 900 milhões (R$ 5,07 bilhões), concentrado principalmente em ações da Dar Al Arkan, que cofundou em 1994 com seus irmãos e outras cinco famílias. A empresa abriu capital na bolsa saudita em 2007.

Ele também detém 6% da SHL Finance, uma financeira hipotecária saudita de capital aberto; 30% da Quara Finance, uma empresa saudita de financiamento ao consumidor que foi listada em 2024; e uma participação de 5,5% na Alkhair Holding, um banco de investimentos com sede no Bahrein.

A Dar Al Arkan registrou um lucro líquido de US$ 215 milhões (R$ 1,21 bilhão) sobre uma receita de US$ 1 bilhão (R$ 5,64 bilhões) em 2024, um aumento de 32% e 39%, respectivamente, em relação ao ano anterior. Como incorporadora imobiliária que constrói apartamentos, vilas e comunidades residenciais, a maior parte da receita da Dar Al Arkan em 2024 — quase 83% — veio da venda de terrenos, em vez da venda de casas ou apartamentos prontos.

Embora Al Shelash não apareça como acionista nos registros públicos da empresa, uma fonte familiarizada com a companhia disse à Forbes que ele e os membros das seis famílias fundadoras detêm cerca de 50% da empresa, o que equivale a aproximadamente US$ 2,9 bilhões (R$ 16,4 bilhões). Um representante da Dar Al Arkan não disponibilizou Al Shelash para entrevista, mas confirmou seu patrimônio líquido.

Os laços estreitos com Trump — que Al Shelash, um mês após ser chamado de membro da primeira família, minimizou  como “puramente uma relação comercial” em em declaração um canal estatal saudita — já trouxeram benefícios para ele. As ações da Dar Al Arkan subiram 75% desde que a empresa começou a anunciar mais acordos com a Trump Organization em julho de 2024. Todos esses contratos foram firmados por meio da Dar Global, braço internacional da empresa, criado em 2017 para desenvolver imóveis fora da Arábia Saudita e que abriu capital na Bolsa de Valores de Londres em fevereiro de 2023.

A Dar Al Arkan ainda possui 88% das ações da Dar Global. As ações da empresa internacional também tiveram um impulso, saltando quase 140% desde julho passado, apesar dos resultados financeiros decepcionantes em 2024. Os dois maiores picos das ações, em dezembro e abril, coincidiram com os anúncios dos projetos da Trump em Jeddah e Doha, respectivamente.

Não é surpresa, portanto, que Al Shelash esteja destacando sua proximidade com o 47º presidente nas redes sociais. Em fotos publicadas nas contas da Dar Al Arkan no X e no Instagram, ele aparece sorrindo ao lado de Trump em um evento pré-posse em 19 de janeiro, e depois participou do “Make America Great Again Victory Rally” na mesma noite, além do baile inaugural Starlight no dia seguinte. Na semana seguinte, ele deu uma entrevista à CNBC Arabia, durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça, demonstrando otimismo sobre o segundo mandato de Trump, dizendo: “esperamos que essa mudança de administração traga estabilidade para a região e para o mundo.”

O perfil e a empreitada de Al Shelash

Nascido em 1967 na Arábia Saudita, a juventude de Al Shelash permanece um mistério. Ele se formou em direito islâmico pela Universidade Islâmica Imam Mohammad Ibn Saud, em Riad, em 1990, e obteve um mestrado em direito pelo Instituto de Administração Pública de Riad dois anos depois. Em 1994, aos 27 anos, cofundou a Dar Al Arkan com seus irmãos e outras cinco famílias: Al Hethlouls, Al Roumis, Al Jarallahs, Al Qasems e Al Babtains. Em 2000, Al Shelash possuía 23,5% da empresa, tornando-se o maior acionista individual.

Nos primeiros anos da empresa, o foco era adquirir grandes terrenos não desenvolvidos no centro da Arábia Saudita, construir infraestrutura básica como água, esgoto, eletricidade, além de pavimentar ruas e calçadas, para depois vendê-los para outros investidores e incorporadoras. No início dos anos 2000, a Dar Al Arkan expandiu-se para as regiões oeste e leste do país, onde começou a desenvolver unidades residenciais.

Em 2004, as seis famílias trouxeram 60 novos acionistas para a Dar Al Arkan ao vender novas ações — cerca de 19% da empresa — por aproximadamente US$ 1,1 bilhão (R$ 6,2 bilhões), reduzindo a participação direta de Al Shelash para 9% e avaliando a empresa em US$ 1,4 bilhão (R$ 7,9 bilhões). No mesmo ano, o magnata e seus cofundadores da Dar Al Arkan também estabeleceram um banco de investimentos chamado Alkhair Holding — então conhecido como Unicorn Investment Bank — no Bahrein, com capital inicial de US$ 111 milhões (R$ 625 milhões). O banco abriu escritórios em Kuala Lumpur, na Malásia, e em Chicago, investindo em um portfólio de residências assistidas na Califórnia.

“Eles são negociantes de terras. A ideia é comprar terrenos fora dos limites da cidade, esperando que a cidade cresça e haja valorização do terreno”, diz uma pessoa familiarizada com a gestão da Dar Al Arkan. “Parece que seus clientes são membros da realeza ou famílias governantes, ou apenas sauditas ricos que querem comprar terras. Eles compram esses terrenos dessas famílias e depois esperam anos até que a infraestrutura alcance essas áreas para então vendê-los com lucro.”

A primeira grande incursão da Dar Al Arkan na construção de residências ocorreu em 2006 com o projeto Al Qasr, uma comunidade residencial planejada com um shopping center ao sul de Riad. No ano seguinte, a empresa abriu capital na bolsa saudita com uma avaliação de US$ 8,1 bilhões (R$ 45,7 bilhões). Al Shelash vendeu US$ 110 milhões (R$ 620 milhões) em ações e manteve uma participação de 8%, avaliada em US$ 630 milhões (R$ 3,5 bilhões) após a listagem. Ele já havia embolsado cerca de US$ 77 milhões (R$ 434 milhões) em dividendos nos dois anos anteriores, o que lhe dava um patrimônio estimado em mais de US$ 800 milhões (R$ 4,5 bilhões) na época. Desde 2019, ele não possui ações diretamente, segundo os registros da empresa.

Enquanto isso, Al Shelash expandia ainda mais seu império por meio do banco de investimentos Alkhair, investindo em negócios na Jordânia, Kuwait, Malásia, Paquistão, Turquia e nos EUA, incluindo uma empresa de design de semicondutores no Vale do Silício. Em 2007, o Alkhair administrava US$ 363 milhões (R$ 2 bilhões) em ativos e também expandiu suas atividades bancárias de investimento — tudo isso enquanto se tornava mais entrelaçado com a Dar Al Arkan

Na época, o banco possuía US$ 42 milhões (R$ 237 milhões) em ações da Dar Al Arkan e também atuava como gestor conjunto, subscritor e coordenador de dois sukuks (certificados financeiros islâmicos semelhantes a títulos), que a Dar Al Arkan emitiu em 2007, com valor total de US$ 1,6 bilhão (R$ 9 bilhões). Al Shelash também entrou no setor de empréstimos hipotecários, criando a SHL Finance no mesmo ano com seus cofundadores da Dar Al Arkan — além de investidores externos, incluindo o Arab National Bank e a International Finance Corporation — para aproveitar a iniciativa do governo saudita de expandir o acesso a hipotecas em um país onde apenas cerca de 2% das casas eram adquiridas com financiamento na época.

Então veio a crise financeira global. As ações da Dar Al Arkan despencaram 74% em 2008, reduzindo a participação de Al Shelash a US$ 165 milhões (R$ 930 milhões). A empresa suspendeu temporariamente seus planos de expansão e seus lucros caíram drasticamente. Em 2009, Al Shelash deixou o conselho da Dar Al Arkan. Nos anos seguintes, Alkhair também enfrentou dificuldades. Em 2014, o banco anunciou prejuízos acumulados de US$ 62 milhões (R$ 349 milhões), devido, em parte, a uma provisão para perdas com empréstimos no valor de US$ 37 milhões (R$ 208 milhões), além de custos com litígios.

Embora Al Shelash tenha permanecido como acionista relevante tanto da Dar Al Arkan quanto do Alkhair, ele passou a focar em outros negócios. Em 2015, criou a Quara Holding, uma holding familiar para administrar seus ativos e os de seus irmãos. A holding inclui a Quara Finance, empresa de financiamento ao consumidor que fornece crédito pessoal e cartões, bem como a Quara Pay, uma carteira digital. Quatro anos depois, quando o governo saudita decidiu abrir o setor imobiliário para estrangeiros, Al Shelash viu uma nova oportunidade — e lançou a Dar Global, voltada para estrangeiros interessados em residências de luxo no Oriente Médio e na Europa.

A Dar Global iniciou com projetos em Dubai, Londres e Bósnia, mas foi em Omã que a empresa encontrou sua parceria mais promissora: a Trump Organization. Em 2022, a companhia anunciou que iria desenvolver um resort de golfe de luxo com a marca Trump em Aida, um empreendimento de 100 metros quadrados, à beira de um penhasco em Muscat, capital de Omã. O resort incluiria um campo de golfe, hotel e vilas de luxo.

Os lucros da Dar Global ainda são modestos — US$ 8 milhões (R$ 45,9 milhões) em 2023 —, mas a empresa tem grandes ambições. Em janeiro de 2024, anunciou planos para desenvolver 12 novos empreendimentos, incluindo a Trump Tower Jeddah e o Trump International Resort em Doha. Este último, anunciado em abril de 2024, incluirá um resort, campo de golfe e residências de alto padrão em Qetaifan Island North, uma ilha artificial no Golfo Pérsico. Assim como em Omã, Trump provavelmente não investirá um centavo — ele só empresta seu nome em troca de taxas de licenciamento e gestão.

A relação entre Al Shelash e os Trump continua forte. Segundo um representante da Dar Global, Eric Trump participou ativamente na concepção e no design de todos os empreendimentos. Donald Trump, por sua vez, reconheceu publicamente o trabalho da família saudita em vários discursos de campanha. Em um comício recente, afirmou: “temos alguns dos melhores negócios do mundo no Golfo com os sauditas. Eles são pessoas incríveis. Eles colocam dinheiro em nossos bancos, investem em nossos imóveis e constroem conosco.”

Com mais empreendimentos programados para os próximos anos, Al Shelash parece ter apostado na pessoa certa — e, até agora, tem sido muito bem recompensado.

Parceria sem limites

Em 2017, Al Shelash enxergou uma oportunidade de expandir os negócios para fora da Arábia Saudita. A Dar Al Arkan anunciou seu primeiro empreendimento internacional, uma torre residencial de luxo com 34 andares em Dubai e também criou a Dar Global para atuar no mercado de apartamentos de alto padrão na cidade — uma mudança em relação à estratégia tradicional da empresa, baseada na venda de terrenos na Arábia Saudita.

A companhia também contratou Ziad El Chaar, ex-CEO da incorporadora DAMAC Properties, de propriedade do bilionário emiradense Hussain Sajwani, para liderar a Dar Global. Enquanto trabalhava com Sajwani, El Chaar foi o responsável por diversas parcerias entre a DAMAC e a Trump Organization, incluindo um complexo com a marca Trump com campo de golfe de 200 hectares e vilas de luxo que foi inaugurado um mês após a primeira posse de Trump, em 2017.

Logo, El Chaar aplicou a mesma fórmula: em março de 2022, a Dar Global anunciou seu primeiro acordo com a Trump Organization em Omã. Em um terreno comprado de uma empresa controlada pelo Ministério do Turismo de Omã, a Dar Global está construindo um hotel cinco estrelas com 140 quartos e um campo de golfe com 18 buracos, além de vilas de luxo. A inauguração está prevista para dezembro de 2028. A Trump Organization também administrará o hotel e o clube de golfe por 30 anos a partir da abertura, garantindo uma fonte constante de taxas de gestão para o ex-presidente e sua família.

Ao mesmo tempo, Al Shelash buscava aproximar a Dar Al Arkan do príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, que chegou ao poder em 2015 e anunciou, no ano seguinte, o programa Visão 2030 para modernizar o país. Nos relatórios anuais, a empresa declarou seu compromisso com os objetivos da Visão 2030, que incluem a construção de uma “sociedade vibrante” e o estímulo a uma “nação ambiciosa”. No entanto, esse alinhamento não parece ter rendido muitos frutos: no fim de 2022, as autoridades sauditas impuseram um embargo a grandes áreas do projeto Shams Ar Riyadh, da Dar Al Arkan, devido à sua proximidade com o New Murabba, megaprojeto de 1,9 mil hectares revelado pelo príncipe herdeiro.

Naquele mesmo ano, o príncipe estimou que a Arábia Saudita precisaria de mais de 4 milhões de novas moradias nos dez anos seguintes. Apesar do esforço da Dar Al Arkan para ampliar a oferta de imóveis, a empresa acabou sendo superada por incorporadoras muito mais novas no mercado saudita. Desde sua fundação, em 1994, a Dar Al Arkan entregou apenas cerca de 15 mil unidades — menos do que as 16 mil vendidas pela rival Retal desde sua criação, em 2012.

“É muito estranho”, diz uma pessoa familiarizada com a Dar Al Arkan. “Se você é o maior incorporador, tem um enorme banco de terrenos e há escassez de moradias, por que não consegue construir e vender casas?”

Al Shelash continuou concentrando sua atenção no exterior. Quando abriu o capital da Dar Global na bolsa de Londres, em fevereiro de 2023, a empresa já tinha 11 empreendimentos em andamento na Bósnia e Herzegovina, Dubai, Catar, Espanha, Reino Unido e Omã — incluindo o projeto com a Trump Organization em Mascate. A oferta inicial de ações arrecadou US$ 72 milhões (R$ 414 milhões), avaliando a empresa em aproximadamente US$ 600 milhões (R$ 3,45 bilhões).

Então, em julho do mesmo ano — com Trump ganhando força rumo à reeleição —, a Dar Global começou a lançar uma série de empreendimentos com a marca Trump. O primeiro foi a Trump Tower Jeddah, seguida de um arranha-céu de luxo com hotel em Dubai. Em dezembro, a empresa anunciou mais dois projetos em Riad.

Quatro meses depois, a Dar Global firmou um acordo com a Qatari Diar, incorporadora pertencente ao fundo soberano do Catar, para desenvolver um empreendimento de luxo com a marca Trump, incluindo campo de golfe, clube e vilas em um terreno de 79 hectares no Catar. Esse foi o sexto projeto imobiliário publicamente anunciado entre a Trump Organization e a Dar Al Arkan — e o primeiro revelado após Trump voltar à Casa Branca, em janeiro.

Apesar disso, a Dar Global teve um 2024 difícil: o lucro líquido caiu 82%, para US$ 15 milhões (R$ 86,2 milhões), e a receita recuou 33%, chegando a US$ 240 milhões (R$ 1,38 bilhão). Segundo Al Shelash, as parcerias com Trump foram um ponto positivo. Em sua carta de 2024 aos acionistas da Dar Al Arkan, ele destacou como a empresa “aprimorou [sua] colaboração com a Trump Organization”. Já na Arábia Saudita, o governo suspendeu o embargo ao Shams Ar Riyadh e devolveu os terrenos à Dar Al Arkan.

A Dar Global pretende continuar expandindo sua presença internacional, com novos empreendimentos em desenvolvimento nas Maldivas e no Marrocos. E a parceria com os Trump está longe de acabar: em janeiro, Al Shelash afirmou à CNBC Arabia que a Dar Global está trabalhando com a Trump Organization em um sétimo projeto, na Grécia, ainda não anunciado oficialmente. A empresa também quer entrar nos Estados Unidos. “Estudamos vários projetos em Nova York, Miami e possivelmente Los Angeles”, declarou Al Shelash à Al Arabiya Business, também em janeiro.

Ainda não está claro se os projetos nos EUA terão envolvimento direto de Trump. Em seu primeiro mandato, a Trump Organization se comprometeu a não firmar novos negócios internacionais enquanto ele estivesse no cargo. Desta vez, o plano de ética da empresa proíbe apenas acordos diretos com governos estrangeiros — mas não com empresas estrangeiras. No entanto, as parcerias com a Dar Global em Omã e no Catar, onde os terrenos pertenciam a empresas estatais, parecem contradizer a promessa feita por Trump. Um representante da Trump Organization não respondeu ao pedido de comentário.

“O ritmo de novos acordos internacionais nos primeiros meses deste mandato presidencial é impressionante”, diz Walker Davis, diretor de pesquisa do grupo de vigilância Citizens for Responsibility and Ethics in Washington. “Está tudo às claras agora. Não há mais limites com essa administração Trump e seus conflitos.”

O presidente americano, por sua vez, parece empolgado com a onda de construções na região. “As torres que vejo surgindo são incríveis”, afirmou durante um discurso em uma conferência de investimentos EUA-Arábia Saudita, em Riad, na terça-feira — parte da primeira viagem oficial ao exterior de seu segundo mandato. Em seguida, listou alguns exemplos — quase todos em cidades onde está construindo torres e campos de golfe com Al Shelash. “Em lugares como Dubai e Abu Dhabi, Doha, Mascate, as transformações são absolutamente impressionantes.”

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