NASA estudou como evacuar Estação Espacial Internacional, se necessário

A Roscosmos, a agência espacial da Rússia, identificou quatro rachaduras e cerca de 50 áreas de preocupação no segmento russo da Estação Espacial Internacional. (ISS). Segundo o jornal norte-americano The Washington Post, a NASA examinou como evacuar seus astronautas no caso de uma emergência. 

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As rachaduras foram identificadas em 2019 em um pequeno módulo que leva à porta de acoplagem usada pelas espaçonaves russas. Segundo um relatório de George A. Scott, general e inspetor geral na NASA, os oficiais da agência espacial norte-americana mostram grande preocupação com o ocorrido. Em um comunicado, a NASA declarou que a Roscosmos afirmou que todas as rachaduras foram cobertas com selante e remendos

Ainda não se sabe exatamente a causa das rachaduras e nem o local exato do vazamento de ar no laboratório orbital, mas ambas as agências espaciais estão suspeitam que o incidente venha de equipamentos degradados. A NASA acredita que a ISS continua segura o suficiente para os astronautas que estão por lá, mas considera também que eles vão precisar de mais opções caso precisem deixar o local imediatamente.


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A Estação Espacial Internacional, que já soma mais de 20 anos de atividades (Imagem: Reprodução/NASA/Roscosmos)

Devido às preocupações com os vazamentos, a agência espacial fechou um contrato de US$ 266 mil com a SpaceX. A proposta era que a empresa de Elon Musk elaborasse um plano de contingência para a evacuação dos astronautas dos Estados Unidos que tivessem viajado à ISS a bordo de uma espaçonave da Rússia. 

No caso, a NASA havia determinado que Tracy Dyson, astronauta que foi à ISS com a espaçonave russa Soyuz, pudesse voltar à Terra em uma Crew Dragon, da SpaceX. A vantagem disso é que seria mais fácil para a astronauta alcançar a espaçonave norte-americana porque ela já estaria no segmento estadunidense da estação. Como não houve nenhuma situação que exigisse a evacuação, Tracy voltou à Terra a bordo da Soyuz.  

De qualquer forma, os vazamentos e rachaduras são apenas alguns dos vários sinais de desgaste da ISS, que já opera há mais de 20 anos através de uma parceria entre a NASA, Roscosmos e outros países. Atualmente, a NASA planeja encerrar as atividades do complexo no início da próxima década, substituindo-o por estações espaciais comerciais de empresas como a Blue Origin e Axiom Space. No entanto, ainda não está claro se estas e outras empresas vão realmente ter uma estação concluída e pronta para iniciar as operações quando a ISS for desorbitada.

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