Saiba o que é e como o CKD afeta a produção de motocicletas

No setor automotivo, especialmente no Brasil, muitas montadoras optam por produzir seus veículos por meio de um processo conhecido como CKD (Completely Knocked Down). Este processo permite que as montadoras recebam as peças de um carro já prontas para a montagem e as montem localmente, o que traz diversas vantagens, incluindo redução de custos e benefícios fiscais. Muitas marcas, como a Royal Enfield, têm adotado esse modelo de produção no Brasil, e entender como funciona o CKD é essencial para compreender as mudanças no mercado automotivo local.

O CKD tem sido utilizado por diversas montadoras para facilitar a produção local sem a necessidade de investir em fábricas complexas e dispendiosas. Ao importar as peças de seus veículos e montá-los aqui, as marcas conseguem oferecer veículos com um custo mais competitivo no mercado brasileiro. Essa estratégia também é uma forma de atender à legislação brasileira, que exige uma certa quantidade de peças produzidas localmente para que a montadora possa obter isenções fiscais e benefícios relacionados.

Como funciona o processo de CKD?

O processo de CKD começa com a importação de peças que são fabricadas em fábricas do exterior. Essas peças são então enviadas para o Brasil, onde as montadoras realizam a montagem local. Em vez de importar um carro completo, a montadora opta por trazer apenas as peças separadas, o que reduz os custos de importação e ainda possibilita ajustes específicos ao modelo conforme a demanda do mercado local.

Uma das principais vantagens do CKD é a possibilidade de reduzir custos de produção. Ao montar os veículos no Brasil, as marcas podem evitar tarifas de importação de veículos completos, que são mais altas. Além disso, o CKD permite que as montadoras se beneficiem de incentivos fiscais do governo, que oferecem reduções de impostos para veículos com maior índice de nacionalização. A estratégia também tem o benefício de ajudar a gerar empregos no país, uma vez que há uma necessidade de força de trabalho local para a montagem dos veículos.

Arrumando corrente de uma moto | Créditos: depositphotos.com / djedzura
Arrumando corrente de uma moto | Créditos: depositphotos.com / djedzura

Vantagens e desvantagens do modelo CKD

  • Redução de custos com tarifas de importação: O CKD permite evitar as altas taxas de impostos sobre carros importados inteiros.
  • Benefícios fiscais: Montadoras podem obter incentivos fiscais do governo ao montar os veículos localmente.
  • Emprego e capacitação local: O processo de montagem gera emprego e capacitação técnica na indústria local.
  • Menor controle sobre a qualidade das peças: Algumas peças importadas podem apresentar problemas de qualidade, o que impacta na produção final.

O uso do CKD é uma estratégia eficaz para as marcas que buscam se adaptar ao mercado brasileiro, onde as altas tarifas de importação e os impostos podem tornar os custos de produção elevados. Marcas como a Royal Enfield, que já utilizam esse modelo, conseguem oferecer seus produtos de forma competitiva no Brasil, aumentando a disponibilidade e acessibilidade de seus modelos no país.

O impacto do CKD nas marcas e consumidores brasileiros

A produção de veículos por meio do modelo CKD tem um impacto significativo no mercado automotivo brasileiro. Para os consumidores, essa estratégia se traduz em preços mais acessíveis, já que o custo de importação é menor. Para as marcas, o modelo CKD oferece uma forma de adaptar-se melhor ao mercado local, aproveitando os incentivos fiscais e se beneficiando de custos de produção mais baixos.

No entanto, é importante destacar que o modelo também apresenta desafios. A dependência de peças importadas pode aumentar o tempo de espera por peças de reposição em alguns casos. Além disso, as montadoras precisam garantir que a qualidade da montagem local seja compatível com os padrões internacionais, o que exige um investimento contínuo em treinamento e controle de qualidade.

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