Criptoativos: Veja os avanços regulatórios, crescimento e perspectivas para o futuro

O ano de 2024 foi marcante para o mercado de criptoativos, impulsionado por avanços regulatórios, maior adoção institucional e inovações tecnológicas.

No Brasil, o Banco Central assumiu a supervisão do setor, em conjunto com a CVM nos casos em que os ativos forem considerados valores mobiliários, aumentando a segurança para investidores e empresas.

Entre janeiro e dezembro do ano passado, o mercado movimentou mais de R$ 440 bilhões, com uma média mensal de mais de 5,8 milhões de pessoas e 26 mil empresas operando ativamente, consolidando o país como um dos mais promissores da América Latina, segundo dados da Receita Federal de janeiro de 2025. Paralelamente, o Drex, do Banco Central, avançou em seus testes, promovendo a integração da tecnologia blockchain ao sistema financeiro nacional.

No cenário internacional, a regulamentação do setor também progrediu de forma significativa. A União Europeia implementou o regulamento MiCA, estabelecendo diretrizes para a classificação, emissão e negociação de criptoativos, o que incentivará outros países da região a iniciarem suas próprias regulações.

Nos Estados Unidos, a nomeação de Hester Peirce para liderar a criação de um marco regulatório e a clara sinalização do governo americano em relação à indústria refletem o crescente reconhecimento da criptoeconomia por parte das autoridades financeiras ao redor do mundo.

Outro evento de grande impacto foi o halving do Bitcoin, ocorrido em abril de 2024. Esse fator, aliado à aprovação dos ETFs de grandes fundos no início do ano, impulsionou um novo ciclo de valorização, fazendo com que o preço ultrapassasse a barreira dos US$ 100 mil no mercado internacional e dos R$ 600 mil no Brasil. Esse movimento beneficiou não apenas o BTC, mas também outros criptoativos, altcoins, tokens, plataformas DeFi, empresas e investidores no Brasil e no mundo.

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O ano de 2024 foi um período de grandes avanços regulatórios, como a aprovação da reforma tributária e a publicação da Instrução Normativa RFB 2.180, além das consultas públicas do Banco Central (CP 97, 109, 110 e 111), da CVM (CP Fácil) e da Receita Federal (CP Decripto).

Essas iniciativas trouxeram maior visibilidade para as tendências regulatórias, segurança jurídica ao setor e regras mais claras em todas as esferas, harmonizando o marco regulatório estabelecido em 2022. Esse avanço torna o país ainda mais atrativo para investidores e estimula as empresas a explorarem soluções inovadoras com criptoativos, colocando o Brasil em uma posição privilegiada no cenário global.

A tokenização de ativos regulados também registrou um crescimento relevante de mais de 300%, alcançando um volume impressionante de R$ 1,3 bilhão em setembro de 2024, segundo a CVM. Para 2025, a expectativa é que a tokenização de ativos ganhe ainda mais espaço, impactando setores como o imobiliário e o financeiro. De acordo com a Boston Consulting Group, esse mercado pode atingir US$ 16 trilhões globalmente até 2030.

Outro ponto de destaque será a maior integração entre Open Finance e o setor cripto, possibilitando soluções como pagamentos instantâneos e financiamentos descentralizados (DeFi). Em 2024, o Brasil bateu recorde de importação de criptomoedas, totalizando US$ 18,2 bilhões, o que reforça o crescimento da economia digital e o interesse dos brasileiros por esse mercado.

Nesse contexto, a educação sobre ativos digitais continua sendo essencial. Com o crescimento do setor, a capacitação de profissionais e a desmistificação das criptomoedas para o grande público serão cada vez mais necessárias.

A ABcripto seguirá atuando como ponte entre empresas, investidores e reguladores, promovendo iniciativas que impulsionem a criptoeconomia no Brasil. Com um ambiente regulado e inovador, o país tem grande potencial para se destacar no cenário global do setor.

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