Entenda a ‘armadilha’ contra o Aedes usada pelo Ministério da Saúde para reduzir dengue em Indaiatuba

O Ministério da Saúde começou a aplicar uma nova tecnologia para combater os criadouros do mosquito Aedes Aegypti e tentar reduzir os casos de dengue em Indaiatuba (SP). O município é um dos sete escolhidos no estado de São Paulo para receber a “armadilha”, desenvolvida há sete anos pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Entenda abaixo detalhes da estratégia.
🦟 Como funciona a armadilha? A nova tecnologia consiste em Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs), que utilizam um balde com água, tela e água saneante. O Aedes Aegypti, que transmite, além da dengue, a Zika e a Chikungunya no Brasil, entra na armadilha e se mistura com a substância química.
Em seguida, ele leva esse produto para outros criadouros em um raio de 400 metros, eliminando larvas onde pousa. De acordo com o Ministério da Saúde, a ação não oferece nenhum risco para pessoas ou animais e está focada em áreas de difícil acesso, como comunidades vulneráveis de regiões periféricas, cemitérios e loteamentos.
Em São Paulo, além de Indaiatuba e Santa Bárbara D’Oeste, que já receberam a tecnologia, as armadilhas também serão testadas em Campinas, Bragança Paulista , Hortolândia, Jundiaí, Paulínia, Ribeirão Preto e Santa Bárbara D’Oeste.
🦟 Quantas ‘armadilhas’ serão instaladas? No total, Indaiatuba recebeu 2,5 mil Estações Disseminadoras de Larvicidas. Elas serão dividas nos seguintes bairros:
👉 Jardim Morada do Sol: 1.300
👉 Brigadeiro Faria Lima: 170
👉 Jardim California: 580
👉 Jardim do Sol: 250
Ainda de acordo com o governo federal, a versão nacional da armadilha tem custo de R$ 10 e a caixa pode ser facilmente montada pelo departamento de Vigilância Sanitária de cada município.
Outros projetos
Este não é o primeiro projeto piloto de combate à dengue que Indaiatuba participa. De 2018 a 2023, uma empresa responsável pela produção de moquitos geneticamente modificados e a prefeitura fizeram uma parceria para soltar o que se chamou de “Aedes do Bem” em 12 bairros.
Em 2022, um artigo científico foi publicado pela Revista Frontiers, mostrando resultados ao longo de 11 meses de tratamento em áreas muito povoadas.Os resultados apontados pela organização foi de 96% da população de Aedes Aegypti reduzida nas áreas tratadas.
Já em dezembro do ano passado, a administração municipal, em parceria com o Ministério da Saúde, testou um novo inseticida para combater o Aedes.
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