Vale a pena usar AirTag para rastrear seu gato ou cachorro?

Você provavelmente já viu casos de pessoas que usam um AirTag da Apple para rastrear seus pets. Apesar de funcionar, a medida acaba sendo um tanto improvisada, já que o produto não foi projetado para essa finalidade. Contudo, os rastreadores direcionados para animais são bem mais caros e, na maioria das vezes, exigem a assinatura de um serviço da marca para ter acesso ao GPS em nuvem.

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Dependendo do modelo, um rastreador para pet pode custar até quatro vezes mais que um AirTag – sem contar a assinatura. Para quem já tem um iPhone, investir em um AirTag acaba saindo bem mais em conta, já que no Brasil eles podem ser encontrados por menos de R$ 200. Entretanto, ainda resta a pergunta: será que realmente funciona?

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Como funciona um AirTag?

Diferente de um localizador específico para pets, o AirTag não possui um sistema de rastreamento avançado por GPS. A Apple utiliza uma tecnologia chamada de ultrawideband (UWB) para fazer o rastreio; por isso, ela funciona suficientemente bem dentro do possível, mas com ressalvas.


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O UWB depende de dois fatores. Primeiro, o usuário precisa estar próximo do AirTag para que o animal seja localizado com facilidade; o dispositivo garante um rastreamento preciso dentro de 30 metros de distância, pois assim o iPhone do proprietário dará conta do recado. Caso o bicho se afaste demais, a situação fica mais complicada.

Algumas coleiras já possuem suporte para encaixe do AirTag (Reprodução/Nine Twenty Eight)

Para realizar rastreamentos a longas distâncias, o UWB depende de outros iPhones para fazer um mapeamento. Isso significa que, conforme o animal se aproxima de pessoas que tenham um smartphone da Apple, será possível conferir sua localização pelo seu iPhone. Contudo, esse é um fator que depende totalmente da sorte, já que não é possível garantir que sempre haverá um celular da marca por perto.

A própria Apple não recomenda que o AirTag seja utilizado para rastrear animais, apesar de assumir que o dispositivo pode “quebrar um galho”. A fabricante reforça que o produto foi projetado para encontrar objetos e não seres vivos, então não é possível garantir uma performance muito satisfatória nesse quesito.

Atenção à segurança

Para aqueles que acham que ainda vale a pena usar o AirTag no seu pet, tenha atenção especial a questões de segurança. Trata-se de um produto eletrônico que possui uma bateria no seu interior, criando riscos para a saúde e até mesmo a vida do animal, caso seja engolido.

Todo AirTag possui uma bateria que pode criar alguns riscos para os animais (Ivo Meneghel Jr/Canaltech)

Existem relatos de cães que, por pura curiosidade, acabaram engolindo o AirTag que estava preso à sua coleira. Baterias são repletas de produtos tóxicos, então esse é um risco que precisa ser evitado a todo custo. O ideal é que a tag fique integrada junto à coleira e não pendurada como um pingente.

Algumas coleiras possuem um design que já visam essa necessidade, bastando encaixar o dispositivo. O próprio AirTag possui alguns acessórios que lhes permitem ser pendurado como um chaveiro, mas evite ao máximo esse tipo de praticidade. A segurança do animal sempre deve vir em primeiro lugar.

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