Explosão da estrela T Coronae Borealis pode iluminar o céu nesta quinta

A estrela T Coronae Borealis vem chamando a atenção de cientistas e entusiastas do céu noturno. O motivo? Astrônomos perceberam que a estrela ficou mais brilhante repentinamente, o que sugere que ela está a caminho de explodir em nova. Agora, um novo estudo sugere que o fenômeno pode ocorrer na quinta (27). Se este for o caso, a estrela deve ficar visível a olho nu.

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É importante lembrar que T Coronae Borealis deve explodir não em supernova, mas sim em nova, porque a estrela é um sistema binário composto por uma estrela gigante e uma anã branca. A anã vem roubando matéria da sua vizinha e a acumula em sua superfície; com o tempo, a temperatura e pressão ali aumentam tanto que ocorre uma epxlosão termonuclear.

Constelação Corona Borealis vista de São Paulo (Imagem: Captura de tela/Stellarium)

Nos últimos meses, T Coronae Borealis acumulou matéria o suficiente para ficar à beira de uma explosão, mas ainda não está claro quando o evento vai acontecer. Mesmo assim, o que se sabe é que T Coronae Borealis costuma passar por novas recorrentes em intervalos de mais ou menos 80 anos. 


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As últimas novas foram registradas em 1787, 1866 e 1946. Em uma publicação, o astrônomo Jean Schneider trouxe algumas previsões de quando devem ocorrer as próximas a partir das erupções ocorridas e o movimento da estrela e da sua vizinha. E, segundo ele, a próxima possível explosão poderia ocorrer em 27 de março. 

As seguintes talvez ocorram em 10 de novembro e em 25 de junho de 2026. Mas é importante lembrar que nenhuma destas datas é absoluta e imutável — inclusive, a janela da explosão pode muito bem se estender até 2027. 

Independentemente de quando ocorrer, vale destacar que as novas são eventos energéticos que transformam os elementos leves em pesados. “Esse tipo específico de objeto produz a maior parte do lítio que temos. As baterias de nossos celulares e outras coisas vieram de explosões como essa, que é uma nova recorrente”, comentou Gerard Van Belle, diretor de ciência no Observatório Lowell, nos Estados Unidos.

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