Ibovespa recupera fôlego e avança com ata do Copom e ‘pesos-pesados’; dólar cai a R$ 5,70

O Ibovespa (IBOV) ganhou impulso com o apetite ao risco e alcançou os 133 mil pontos durante a sessão, com ajuda dos pesos-pesados e reação positiva à ata do Copom.

Nesta terça-feira (25), o principal índice da bolsa brasileira fechou com alta de 0,57%, aos 132.067,69 pontos.

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,7092, com queda de 0,75%.

No cenário doméstico, os investidores reagiram à ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que destacou que a “elevada incerteza” doméstica foi o motivo para a indicação do próximo movimento nos juros. 

O Copom também viu como apropriado indicar que o ciclo não está encerrado em função do cenário adverso para a dinâmica da inflação.

Na semana passada, o Copom elevou a Selic para 14,25% ao ano — cumprindo o guidance dado em dezembro. No comunicado, o colegiado do Banco Central sinalizou uma nova alta na taxa básica de juros na próxima reunião, em maio.

Na visão de economistas do Bradesco, a ata é consistente com um Copom comprometido com a continuidade do ciclo de aperto.  Já o Itaú BBA destacou que o texto foi bastante firme e direto quando se refere à inflação e “ao cenário prospecto indubitavelmente desafiador”.

Altas e quedas no Ibovespa 

As ações de Vamos (VAMO3) lideraram a ponta positiva do Ibovespa desde o início das negociações, em reação ao balanço do quarto trimestre de 2024 (4T24) — o primeiro desde a cisão dos negócios que originou a Automob (AMOB3).

Durante a sessão, os papéis da companhia chegaram a disparar mais de 17%. Para o BTG Pactual, os resultados ficaram em linha com o esperado, com destaque para o lucro líquido — “beneficiado pelo efeito da cisão”.  Já para o Bradesco BBI, os números mostraram os primeiros sinais de inflexão.

Já a ponta negativa foi liderada por Embraer (EMBR3) pela segunda sessão consecutiva. Dessa vez, os papéis da fabricante de aeronaves foram pressionados pela forte desvalorização do dólar ante o real.

Entre os pesos-pesados, Petrobras (PETR4;PETR3) e Vale (VALE3) terminaram a sessão em alta na esteira das commodities.

petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para junho teve leve ganho de 0,03%, a US$ 72,39 o barril na Intercontinental Exchange (ICE). Já o contrato mais negociado do minério de ferro, para maio, fechou com alta 0,65%, a 776 yuans (US$106,88) a tonelada na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China.

Exterior 

Nos Estados Unidos, as bolsas de Nova York estenderam os ganhos pelo terceiro dia consecutivo, ainda na expectativa de que as tarifas de importação do presidente Donald Trump podem ser mais brandas do que o esperado.

Hoje (25), Trump disse que as tarifas recíprocas, que começam a valer em 2 de abril, já estão definidas. “Estou ansioso para o dia 2 de abril, o dia da liberação americana, o dia das tarifas.” Ele acrescentou que “as novas tarifas vão gerar muito dinheiro e muitos empregos para os EUA”.

Em segundo plano, os investidores reagiram a novos dados. Entre eles, o índice de confiança do consumidor do Conference Board caiu para 92,9, abaixo das expectativas. A medida para expectativas futuras caiu para 65,2, a leitura mais baixa em 12 anos e bem abaixo do nível de 80 considerado um sinal de recessão à frente.

Confira o fechamento dos índices de Nova York: 

  • Dow Jones: +0,01%, aos 41.587,50 pontos;
  • S&P 500: +0,16%, aos 5.776,65 pontos;
  • Nasdaq: +0,46%, aos 18.271,85 pontos.
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