Petrobras diz que não se decidiu sobre o que fará com ações da Braskem, mas solução pode vir logo

A Petrobras diz que não tomou nenhuma decisão sobre o que vai fazer com sua participação na Braskem. Mas já está se preparando para isso. Em comunicado ao mercado, a petroleira, dona de 36,1% do capital total da Braskem, lembrou que já fez a due dilligence na companhia. Esse processo envolve uma análise mais aprofundada dos números de uma empresa durante a negociação de compra ou venda.

Conforme o InvestNews antecipou em agosto de 2024, acionistas e credores da Braskem já chegaram a um acordo sobre uma solução para o destino do controle da petroquímica, que hoje pertence à Novonor, grupo da família Odebrecht. E para a dívida que a Novonor tem junto a cinco bancos: Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e BNDES.

O plano é converter a dívida junto aos bancos em ações, e transferi-las para um fundo de gestão independente. Assim, os bancos poderiam vender as ações no momento em que considerarem adequado, em vez de encontrar um único comprador para a fatia do atual controlador.

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A Novonor ficaria com uma participação pequena, inferior a 5%, em uma espécie de concessão por parte dos bancos para que a empresa da família Odebrecht assine o contrato.

Segundo fontes ouvidas pelo InvestNews, os preparativos para esse caminho estão avançados. Mas ainda é preciso definir um novo acordo de acionistas junto à Petrobras – que, atualmente, participa da gestão da Braskem e que tem o direito de preferência na compra das ações que estão nas mãos da Novonor, caso elas sejam de fato vendidas.

A Petrobras é dona de 36,1% do capital total da Braskem. Outros 25,6% estão pulverizados no mercado. Já a Novonor é a acionista majoritária, com uma fatia de 38,3% do capital total. Só que, em meio à crise  deflagrada pela Operação Lava Jato, a ex-Odebrecht deixou todas essas ações nas mãos dos cinco bancos, como garantia de sua dívida. É essa fatia que está, há anos, em discussão.

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