Netflix afirma que seu futuro nos games não inclui consoles de mesa

Após formar estúdios com capacidade de desenvolvimento Triplo A e desmanchá-los sem lançar nenhum título do estilo, a Netflix redefiniu seu foco no mundo dos games. Segundo Alan Tascan, novo chefe dessa divisão da companhia, os consoles de mesa não fazem parte do foco dela para o futuro.

Em uma entrevista ao site The Game Business, ele explicou que a companhia quer ser um “destino certeiro para famílias” e oferecer experiências que possam ser aproveitadas usando smartphones como controles. Ele também explicou que a empresa quer investir em projeto que misturem diferentes tipos de mídias e que tenham foco em propriedades intelectuais famosas.

Para o executivo, é através da combinação desses quatro fatores que a Netflix será capaz de provocar uma ruptura na indústria semelhante à do Wii. O console da Nintendo se provou um grande sucesso de público ao apostar em controles de movimento e experiências casuais que agradavam a pessoas que não necessariamente jogavam videogames.

Netflix afirma que jovens não ligam para consoles

Segundo Tudic, a nova estratégia do streaming foi definida a partir da observação do que crianças de 8 e 10 anos querem para jogar. Segundo ele, esse público não está sonhando com o PlayStation 6, mas tem como foco interagir com qualquer tela possível, que pode não estar no centro da sala.

“Com os consoles você está pensando em alta definição, está pensando sobre o controle… se olharmos para esse modelo mais antigo, acredito que isso vai nos restringir”, explicou o executivo. Ele também explicou que a Netflix quer tirar proveito dos recursos básicos de qualquer smartphone para criar jogos criativos e que possam ser aproveitados por grandes grupos de pessoas.

Tascan também afirma que o streaming tem algumas vantagens competitivas, como um vasto catálogo de obras e uma boa rede de distribuição. Ele também insiste que, enquanto a companhia ainda está encontrando seu caminho, ela vai permanecer no mercado de games pelo longo prazo — e que seu compromisso com “entreter o mundo” é realmente sério.

Fonte: Eurogamer

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