Relembre as quedas históricas das bolsas americanas

As bolsas americanas vivem um dos capítulos mais turbulentos de sua história recente. O anúncio de novas tarifas de importação pelo presidente Donald Trump desencadeou uma verdadeira euforia nos mercados. Em apenas um pregão, cerca de US$ 3,1 trilhões em valor de mercado foram perdidos, com o Dow Jones caindo 4% e o Nasdaq afundando 6%.

Esse tombo traz à memória outras quedas históricas que já congelaram Wall Street no passado. De grandes crises financeiras a pandemias e confrontos comerciais, a trajetória das bolsas dos EUA é marcada por momentos que colocaram à prova a resistência dos investidores e da própria economia americana.

Confira abaixo as maiores quedas das bolsas americanas

1. Quinta-feira Negra (1929)

Data: 24 de outubro de 1929

  • Dow Jones: queda de aproximadamente 33 pontos (cerca de 9%)

O estopim da Grande Depressão começou com a Quinta-feira Negra. O pânico tomou conta de Wall Street quando investidores começaram a liquidar suas posições em massa. O sell-off não parou naquele dia: o movimento se aprofundou nas sessões seguintes, arrastando os mercados para uma das piores crises econômicas globais do século XX. Vale lembrar que nessa época, ainda não existia a Nasdaq.

2. Segunda-feira Negra (1987)

Data: 19 de outubro de 1987

  • Dow Jones: queda de 508 pontos (22,6%)
  • Nasdaq: queda de aproximadamente 11,4%

Foi a maior queda percentual em um único pregão na história da bolsa americana. As vendas automáticas programadas por computadores ajudaram a amplificar o pânico. Aliado a desequilíbrios comerciais globais, o crash de 1987 ficou marcado como um dos alertas mais claros sobre os riscos da interligação dos mercados e da tecnologia na aceleração das quedas.

3. Crise Financeira Global (2008)

Data: 29 de setembro de 2008

  • Dow Jones: queda de 777,68 pontos (6,98%)
  • Nasdaq: queda de 199,61 pontos (9,14%)

A rejeição do pacote de resgate financeiro pelo Congresso dos Estados Unidos desencadeou uma onda de vendas. A crise do subprime, que já corroía os alicerces do sistema financeiro, explodiu em proporções globais, levando instituições à falência e derrubando os mercados. O episódio aprofundou a recessão global e impôs grandes transformações regulatórias no sistema financeiro mundial.

4. Pandemia de COVID-19 (2020)

Data: 16 de março de 2020

  • Dow Jones: queda de 2.997,10 pontos (12,93%)
  • Nasdaq: queda de 970,28 pontos (12,32%)

No auge das incertezas provocadas pela pandemia de coronavírus, a bolsa americana viveu um dos piores dias desde a crise de 1987. O medo de uma recessão global provocada pelo fechamento de economias inteiras e o colapso na mobilidade mundial gerou uma fuga em massa dos ativos de risco.

5. Tarifas de Importação (2025)

Data: 3 de abril de 2025

  • Dow Jones: queda de 1.679 pontos (4%)
  • Nasdaq: queda de 1.050,44 pontos (6%)

Em uma tentativa de pressionar parceiros comerciais, o governo Trump anunciou tarifas amplas sobre importações, com destaque para os produtos chineses. O mercado reagiu com forte pessimismo, temendo uma escalada nas tensões comerciais que poderia desacelerar o crescimento global. A queda foi a mais intensa desde a pandemia de 2020, reacendendo discussões sobre os efeitos das políticas protecionistas na economia americana.

Panorama sobre as bolsas

Os episódios mais marcantes da história das bolsas americanas mostram que a volatilidade faz parte do comportamento natural dos mercados. Crises financeiras, pandemias e decisões políticas de grande alcance seguem influenciando os movimentos de Wall Street, evidenciando a influência de fatores externos nas oscilações de curto e longo prazo.

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