SPHEREx | O que revelam as fotos do telescópio da NASA que vai mapear o céu

A NASA divulgou as primeiras fotos do seu novo telescópio SPHEREx (sigla de “Spectro-Photometer for the History of the Universe, Epoch of Reionization and Ices Explorer”). As imagens iniciais foram capturadas em março e, embora não estejam preparadas para uso científico, confirmam que todos os sistemas do novo observatório estão funcionando como o esperado. 

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Estas imagens são da chamada “primeira luz” do SPHEREx e, apesar de serem bastante preliminares, elas mostram que seu foco está funcionando corretamente. “Com base nas imagens que vimos, podemos dizer agora que a equipe de instrumento detonou”, comemorou Jamie Bock, principal investigadora do SPHEREx. 

Confira: 


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As primeiras imagens do SPHEREx; cada uma delas tem 100 mil fontes luminosas (Reprodução/NASA/JPL-Caltech)

Cada uma das imagens acima representa um dos seis detectores do SPHEREx. “O campo completo de visão do instrumento está nas três imagens superiores; a mesma área do céu também foi capturada nas três imagens inferiores”, explicaram os oficiais da NASA em um comunicado. 

Os detectores capturam a informação em 17 faixas únicas de comprimentos de onda. Portanto, o telescópio consegue estudar o universo em 102 bandas. Parece impressionante? Pois saiba que, em cada uma destas fotos — que, vale lembrar, são de testes — existem quase 100 mil fontes de luz, como estrelas e galáxias.

As cores foram escolhidas para representar a parte visível do espectro eletromagnético, que é aquela que nossos olhos conseguem enxergar. Mesmo assim, as imagens representam os comprimentos de onda do infravermelho visíveis apenas ao observatório: as partes mais vermelhas da imagem indicam comprimentos de onda mais longos, e aquelas em roxo, os mais curtos. 

A escolha não foi por acaso. Na porção vermelha do espectro eletromagnético, os comprimentos de onda mais longos são mais avermelhados. Na nossa perspectiva de observação na Terra, a luz vinda de objetos mais distantes vai da porção mais azulado do espectro à avermelhada, até chegar ao infravermelho, devido à expansão do universo

Agora, os detectores do SPHEREx estão esfriando até chegarem à temperatura adequada para coletarem medidas sem que o calor interfira com os dados. “Quando o SPHEREx começar suas observações científicas em abril, ele deve coletar cerca de 600 exposiçõs por dia”, finalizou a NASA.  

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