Pacote anti-Trump: BofA lista 3 ações brasileiras ‘blindadas’ contra tarifas

As tarifas de Donald Trump continuam fazendo estragos nas bolsas mundo afora. Aqui no Brasil, não é diferente. O Ibovespa voltou a cair forte e já acumula perda de quase 7% em três sessões. Já o dólar encostou nos R$ 6.

É possível achar alguma ação que esteja blindada contra o pessimismo? Segundo o Bank of America, sim. O BofA incluiu na sua lista três ações brasileiras que podem aguentar o tranco, entre elas uma seguradora e um banco.

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Na lista, estão papéis como Banco do Brasil (BBAS3), BB Seguridade (BBSE3) e B3 (B3SA3). A triagem inclui ações de grande capitalização, não expostas ao mercado americano, sensibilidade negativa ao dólar e alta qualidade.

Guerra comercial deve continuar

Nesta terça, quando a situação parecia mais calma, a Casa Branca confirmou a imposição da tarifa adicional de 50% sobre os produtos chineses a partir de amanhã (9), como o prometido anteriormente.

Na véspera, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou elevar a alíquota (anterior) de 34% para 50% caso a China não retirasse as taxas retaliatórias sobre os produtos norte-americanos — e não houve negociações.

Com a sobretaxa, os EUA taxaram os produtos da China em 104%. Minutos antes do anúncio da Casa Branca, o Ministério do Comércio da China afirmou que o país estava pronto para “lutar até o fim”.

Gestores veem o movimento com preocupação e acreditam que é possível que a guerra comercial estenda por mais tempo.

Em evento do Bradesco BBI, ocorrido em São Paulo, gestor da Ibiuna, André Lion, diz que o presidente irá errar ‘um pouco mais’.

Ele tem muito dessa crença, ele acredita que tarifas são uma coisa positiva, construtiva, então não é porque simplesmente a Bolsa caiu 10%, 15% que ele vai entrar em pânico”.

Ainda em sua visão, é cedo para entender o que está acontecendo, tanto nos Estados Unidos quanto no mundo, no que classificou como um movimento de ‘placas tectônicas’.

Nessa história, o Brasil está relativamente melhor posicionado, diz porém.

“Naturalmente, é uma característica nossa, nós somos uma economia mais fechada, globalmente, então a gente mesmo caiu no bracket mais baixo de tarifas, 10%”.

“Então, relativamente, estamos melhor”.

Apesar disso, Lion faz um alerta: se os Estados Unidos entrarem em recessão, isso baterá na atividade global, o que levará o Brasil junto.

Mesmo assim, o gestor recorda que o Brasil está com atividade interna ainda forte. O PIB (Produto Interno Bruto) cresceu mais de 3% no ano passado, e mesmo com a Selic, a taxa básica de juros, em mais de 14%, o país ainda apresenta uma boa atividade econômica.

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