UBS BB vê crescimento na construção com orçamento extra e elenca ações que podem se beneficiar

A liberação de R$ 15 bilhões do Fundo Social do pré-sal pode destravar o crescimento para as construtoras que focam seus empreendimentos na habitação social, no Minha Casa Minha Vida. Na avaliação do UBS BB, ao menos cinco ações poderiam se beneficiar desse montante.

O impacto em cada empresa, no entanto, depende das possibilidades de alocação desse orçamento adicional na Faixa 3 e Faixa 4. Se alocado na Faixa 3, os analistas do banco afirmam que as construtoras focadas em baixa renda poderiam aumentar seus lançamentos, como é o caso da Cury (CURY3) e Direcional (DIRR3) sendo as mais beneficiadas.

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Já se os recursos forem destinados à Faixa 4, o sistema de amortização com preço, em comparação ao sistema de amortização constante fora do MCMV, combinado com taxas de financiamento subsidiadas, aumentaria o poder de compra dos compradores de imóveis em cerca de 38%.

Nesse cenário, Cury (CURY3) e Direcional (DIRR3) e Plano&Plano (PLPL3) seriam as mais favorecidas na avaliação do UBS. Em ordem, seria:

  • Cury (75%)

  • Direcional (50%)

  • Plano&Plano (45%)

  • MRV (MRVE3) (35%)

  • Tenda (TEND3) (15%)

O Fundo Social do pré-sal é sustentável?

Os analistas que assinam o relatório avaliam que os recursos do fundo estão ligados contratos de óleo e gás sob o regime de partilha da produção. Ou seja, são provenientes dos royalties pagos ao governo federal, participação especial paga ao governo federal, bônus de assinatura pago no fechamento do contrato e receita da comercialização da parcela de óleo e gás do governo federal.

Nos cálculos do UBS, as duas primeiras fontes somam R$ 22 bilhões no Fundo Social para 2025, mas eles avaliam que pode haver um montante ainda maior no fundo, devido à receita da comercialização da parcela de óleo-lucro do governo federal.

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“Isso se baseia na expectativa de aumento da produção dos campos do pré-sal sob o regime de partilha, o que deve elevar o volume de óleo-lucro nos próximos anos. Assim, considerando apenas as fontes mais previsíveis (cerca de R$ 20 bilhões por ano) e a alocação obrigatória de 50% para a educação, podem estar disponíveis pelo menos R$ 10 bilhões por ano nos próximos anos para habitação”, ponderam os analistas.

Eles ainda avaliam que a receita da comercialização e a expansão esperada da produção, pode exceder. “De forma geral, acreditamos que há espaço no orçamento do MCMV para sustentar as Faixas 3 e 4 nos próximos anos”.

Em evento recente, o Ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que a utilização do fundo pode se estender até 2032.

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