Ibovespa e Wall Street aprofundam queda e renovam mínimas após Casa Branca confirmar taxa de 145% sobre a China

O Ibovespa (IBOV) retorna ao tom negativo e perde mais de 2 mil pontos nesta quinta-feira (10) com o acirramento da tensão entre os Estados Unidos e a China no início da tarde.

Por volta de 13h20 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira renovou a mínima intradia aos 125.097,37 pontos, com queda de 2,11%.

Na véspera (9), o Ibovespa fechou em alta de mais de 3%, aos 127.795,93 pontos, no maior nível desde novembro. 

Os investidores elevaram a aversão a risco à medida que a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo escalam — e pressionando as bolsas em todo o mundo.

Ontem (9), o presidente norte-americano, Donald Trump, elevou as tarifas contra os produtos chineses para 125%, em retaliação a alíquota de 84% imposta pelo país liderado por Xi Jinping aos bens e mercadorias fabricados nos EUA. Por outro lado, Trump suspendeu as taxas adicionais por 90 dias e reduziu a tarifa recíproca para 10% para os países que não retaliaram o plano tarifário, anunciado há uma semana.

Já nesta quinta-feira (10), a China anunciou a restrição aos filmes produzidos em Hollywood. Em nova reposta, os EUA aumentaram, pelo terceiro dia consecutivo, as tarifas contra a segunda maior economia, para 145% — que, segundo a Casa Branca, é uma correção em relação ao divulgado na véspera (9). 

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Wall Street de volta ao vermelho

Depois de um dia de recordes,  os índices de Wall Street voltaram a amargar em perdas. Por volta de 13h20 (horário de Brasília), o S&P 500 recuava mais de 6%, o Dow Jones tinha baixa de 5% e o Nasdaq, que reúne as maiores empresas de tecnologia, registrava recuo de 7%.

VIX (CBOE Volatility Index), indicador que mede a aversão ao risco de Wall Street, também conhecido como o “termômetro do medo”, opera no nível dos 55 pontos, com salto de mais de 62%.

Na véspera, o S&P 500 saltou 9,5% — a terceira maior alta diária desde o fim da Segunda Guerra Mundial, com a ‘trégua’ de Trump. 8. O índice Nasdaq teve o maior salto diário desde janeiro de 2001 e o segundo melhor desempenho intraday na história. Dow Jones fechou a sessão com o maior avanço desde março de 2020. Já o VIX desabou 36% — a maior queda de um único dia da história.

 

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