Filho é indiciado por matar empresário em Montes Claros: ‘Armou emboscada para o pai’, diz Polícia Civil


Segundo a Polícia Civil, autor e vítima estavam no mesmo bar antes do assassinato. O filho foi embora, se escondeu atrás de um veículo e ficou esperando o pai passar para atirar. Ele foi preso em um hotel. Materiais apreendidos pela polícia
Polícia Militar
Um homem, de 29 anos, foi indiciado por matar o pai, empresário de 49, em Montes Claros. A Polícia Civil entendeu que ele cometeu homicídio qualificado. O crime ocorreu no dia 31 de março de 2025 (veja os detalhes abaixo) e o investigado está preso.
Em coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (11), a delegada Francielle Drumond afirmou que o filho armou uma emboscada para o pai. Antes do crime, eles estavam em um bar na Avenida Deputado Esteves Rodrigues. Depois de atirar, o homem fugiu e foi encontrado em um hotel.
“Em um determinado momento, o filho foi embora e se posicionou na rua lateral desse estabelecimento comercial, se escondeu atrás de um veículo, em uma situação de emboscada, de tocaia, aguardou o pai sair e se dirigir ao veículo para ir embora e surpreendeu o pai com vários disparos de arma de fogo.”
Com base em análise de imagens, depoimentos e laudos, a chefe da Delegacia de Homicídio destacou que a PC acredita que o crime tenha sido premeditado. A vítima costumava frequentar sempre o bar no mesmo dia e horário.
“Há uma forte possibilidade do crime ter sido premeditado pelo autor, ele teria chegado no estabelecimento comercial armado, por volta das 17h30, ou seja, o local ainda não estava aberto. Ele aguardou o bar abrir e ficou ali. Por volta das 18h, o pai chegou junto com a sua companheira. Em determinado momento, esse pai teria ido embora e o filho teria ficado em situação de tocaia, aguardando o pai passar para efetuar os disparos.”
Apesar de ter confessado o homicídio no dia em que foi preso, o homem permaneceu em silêncio ao prestar depoimento para a Polícia Civil.
Motivação
Sobre a motivação do crime, testemunhas disseram que pai e filho se desentenderam por conta do fechamento de uma empresa, em abril de 2024, na qual eles eram sócios.
“Testemunhas disseram que ele acusava o pai dos prejuízos financeiros e de sua atual situação de escassez financeira”, completou a delegada.
Sobre a informação de que o revólver usado no crime teria sido dado pelo pai, Francielle Drumond falou que apenas uma testemunha confirmou isso.
Se for condenado pelo homicídio qualificado por emboscada, motivo torpe e por recurso que dificultou a defesa da vítima, o homem poderá pegar até 30 anos de prisão.
Sobre o crime
Segundo a Polícia Militar, no dia dos fatos, a PM foi chamada para uma ocorrência de disparos de arma perto de um bar na Avenida Deputado Esteves Rodrigues, no Centro.
Quando os militares chegaram, encontraram o empresário baleado e caído. O Samu esteve no local e confirmou o óbito. Preliminarmente, a perícia da Polícia Civil apontou que o corpo dele tinha seis perfurações, no braço e tórax.
“A informação das testemunhas e da companheira da vítima dão conta que o autor chegou no bar e cumprimentou ela, porém, o pai estava manuseando o aparelho celular e não visualizou o filho. Posteriormente, esse autor retorna ao bar e no momento em que a vítima estava indo na direção do seu veículo, em um estacionamento próximo, efetuou os disparos pelas costas da vítima e de imediato evadiu do local a pé”, afirmou o tenente Wellington Guimarães.
Enquanto faziam os levantamentos sobre o homicídio, os policiais foram informados de que o autor estaria em um hotel na saída para Belo Horizonte. Ele foi encontrado deitado em um dos quartos do estabelecimento.
“De pronto, as guarnições deslocaram até o hotel e lograram êxito na prisão do autor juntamente com a arma de fofo usada no crime. Uma outra arma foi localizada na casa da vítima, entregue por usa companheira.”
Ao ser preso, o homem falou que tinha arremessado o revólver usado por ele nas imediações do Bairro São José. Os militares encontraram a arma na calçada, no meio do mato, enrolada em uma blusa semelhante a que ele usava no momento dos disparos. Ele afirmou que ganhou o revólver do próprio pai.
“Ele confessou o crime dizendo que estava passando por dificuldades financeiras e que o culpado seria seu pai devido ao desentendimento na sociedade da empresa aberta por pai e filho. Provavelmente, ele tinha a intenção de ir embora da cidade após a empreitada criminosa, mas a PM, de pronto e imediato, agiu de forma rápida.”
Polícia Militar prende suspeito de matar o pai a tiros em Montes Claros
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