Trump planeja acelerar mineração de terras raras no fundo do mar, diz FT

A Casa Branca está preparando uma nova ordem executiva: permitir o estoque governamental de metais e terras raras extraídos do fundo do mar, apurou o Financial Times.   

Não é só um documento no papel. A ordem aceleraria a emissão de licenças para projetos de mineração em águas profundas, com o objetivo de tornar os EUA menos dependentes das exportações chinesas desses minerais (o país de Xi Jinping é responsável por 90% da produção de terras raras, por exemplo).

O alvo da medida são os “nódulos polimetálicos” – pepitas do tamanho de uma batata formadas por milhões de anos de pressão aquática. Os nódulos contêm cobalto, níquel, manganês e terras raras; todos são fundamentais para celulares, carros elétricos, painéis solares, turbinas eólicas, lasers.

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Na prática, as empresas que exploram e coletam nódulos poderiam solicitar permissões americanas em vez de depender das regras da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos da ONU — um processo lento e sujeito a debates ambientais.

“Permitir o estoque” significa que o governo firmaria acordos de compra com mineradoras a preços pré-acordados. Isso oferece segurança financeira para que companhias invistam em operações submarinas – no leito do Pacífico, rico em nódulos, e em instalações de processamento em solo americano.

Desenvolver tudo isso sai terrivelmente mais caro do que importar da China. Mas claro: dependendo de como a guerra tarifária escalar, essa pode deixar de ser uma opção para os Estados Unidos.

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