Starlink, de Musk, pode ser problema para ações de brasileiras?

A Starlink, de Elon Musk, que promete levar internet para todo o território brasileiro, recebeu aval da Anatel (agência nacional de telecomunicações) para a empresa adicionar 7.500 satélites não geoestacionários e o uso de novas faixas de frequência.

Atualmente, a empresa do bilionário possui cerca de 4,4 mil satélites no Brasil.

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Apesar disso, a agência não deixou de ressaltar que a autorização carrega preocupações com concorrência, sustentabilidade espacial e soberania digital — pontos ainda não totalmente cobertos pela regulação atual.

Algumas autoridades mostraram preocupações, sobretudo após o embate entre Musk e o Supremo Tribunal Federal (STF). O confronto resultou em uma suspensão temporária do X (antigo Twitter), outra empresa do bilionário.

Mas além de questões de infraestrutura e geopolíticas, existe algum risco para as provedoras negociadas em bolsa, como Vivo e TIM?

Para Safra, não. Aliás, o banco diz que a aprovação pode ser até positiva, uma vez que reforça o papel da banda larga via satélite como complementar à infraestrutura tradicional, ampliando o acesso em regiões carentes.

Atualmente, a Starlink lidera o mercado de banda larga via satélite no Brasil, com 59% de participação em fevereiro de 2025, seguida pela HughesNet (32%) e pela Viasat (3%).

“A banda larga via satélite não concorre diretamente com as principais operadoras de telecomunicações, como Vivo (VIVT3; recomendação de compra; preço-alvo: R$ 64), TIM (TIMS3; recomendação de compra; preço-alvo: R$ 22) e Claro (sem recomendação), que oferecem infraestrutura de fibra e rede móvel nas áreas urbanas”.

Os analistas dizem ainda que a fibra óptica entrega uma qualidade superior (menor latência) e maior disponibilidade.

“Por isso, os sistemas com satélites LEO complementam essas redes, atendendo locais onde a instalação de infraestrutura terrestre é tecnicamente ou economicamente inviável”.

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