Emily, a primeira mulher piloto de helicóptero do Exército brasileiro

Emily, a primeira mulher piloto de helicóptero do Exército brasileiro

Em 2025, Emily de Souza Braz, uma jovem de 25 anos nascida na fronteira com o Uruguai, alcançou um marco significativo ao se tornar a primeira mulher piloto de helicóptero do Exército brasileiro. Este feito representa um momento histórico para a Aviação do Exército, que possui 39 anos de existência na sua configuração atual. A trajetória de Emily até esse ponto foi construída ao longo do caminho, sem que ela tivesse esse objetivo desde o início de sua carreira militar.

Emily ingressou na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) em 2021, integrando a primeira turma de oficiais combatentes que incluía mulheres. Filha de um sargento e criada em Sant’Ana do Livramento, no Rio Grande do Sul, ela se interessou pela aviação após uma missão de suprimentos em 2020. Na ocasião, um piloto deixou com ela um distintivo como brincadeira, gesto que despertou sua curiosidade e motivação pela carreira aérea.

O caminho até se tornar piloto de helicóptero

A formação de Emily envolveu um intenso treinamento de 63 semanas, com 1.400 horas de voo em aeronaves do Exército e mais de 400 horas em simuladores. Ela se destacou entre os colegas e se formou ao lado de outros 13 pilotos de combate. O treinamento foi o mesmo para homens e mulheres, e Emily ressaltou o espírito de união e apoio entre todos da turma.

O Exército brasileiro tem ampliado sua inclusão feminina. Nos últimos anos, o percentual de mulheres no efetivo total passou de 8% para 12%. O comandante do Exército, general Tomás Paiva, destacou a importância dessa representatividade e demonstrou otimismo quanto à formação de tripulações compostas exclusivamente por mulheres no futuro.

Desafios e planos da primeira piloto do Exército

Emily não apenas venceu barreiras como também tem planos ambiciosos para sua carreira. Ela pretende se especializar em missões na selva, visando adquirir mais experiência e fortalecer sua trajetória profissional. Seu marido, também piloto do Exército, deverá acompanhá-la nessas missões, o que reforça ainda mais sua motivação.

Apesar de não ter como objetivo imediato alcançar o generalato, Emily acredita que isso pode ser uma consequência natural de seu trabalho e dedicação. Ela incentiva outras mulheres a seguirem caminhos semelhantes, defendendo que a competência feminina é essencial para o crescimento das Forças Armadas.

helicoptero – Créditos: depositphotos.com / IgorVetushko

Mais mulheres no Exército: o cenário atual

A conquista de Emily ocorre em um momento em que o Exército brasileiro se mobiliza para expandir ainda mais a participação feminina. Mesmo com resistência em relação à atuação de mulheres em áreas de combate, há um plano para abrir mil vagas para voluntárias a partir de 2026, especialmente nos setores de saúde e colégios militares.

Situações parecidas ainda ocorrem em outros países, como nos Estados Unidos, onde restrições à presença feminina em áreas de combate foram reforçadas durante o governo Trump. Apesar disso, Emily acredita em um futuro promissor para as brasileiras na carreira militar e encoraja outras mulheres a persistirem.

Um novo horizonte para a aviação militar

O feito de Emily de Souza Braz representa mais que uma conquista pessoal: é um avanço simbólico rumo à igualdade dentro das Forças Armadas. Sua história serve de inspiração para jovens brasileiras que sonham com um espaço na aviação militar. Com o apoio institucional do Exército e a dedicação de pioneiras como Emily, o futuro da aviação no Brasil será, sem dúvida, mais plural e representativo.

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