Trump indica ter favorecido Apple em tarifas após conversar com Tim Cook

Em entrevista coletiva realizada na tarde desta segunda-feira (14), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou a mais recente reviravolta na guerra tarifária com a China e afirmou ter “conversado recentemente com Tim Cook” sobre o assunto.

Trump não entrou em muitos detalhes, mas deu a entender que ajudou o CEO da Apple, permitindo um prazo maior para que a criadora do iPhone possa ajustar sua cadeia produtiva.

“Olha, eu sou uma pessoa muito flexível. Eu não mudo de ideia, mas sou flexível. E você precisa ser. Você não pode simplesmente ter um muro e só seguir por ele — não, às vezes você precisa contorná-lo, passar por baixo ou por cima.
Talvez surjam algumas coisas. Eu converso com o Tim Cook. Eu ajudei o Tim Cook recentemente, e todo seu negócio — eu não quero prejudicar ninguém, mas o resultado final é que estamos caminhando rumo a uma posição de grandeza para o nosso país”.


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Logo antes de mencionar o CEO da Apple, Trump comentava sobre montadoras de automóveis que receberiam isenções tarifárias para importar peças do México e do Canadá temporariamente, até que essas peças possam ser produzidas nos EUA.

Trump falou sobre taxação de celulares e automóveis em coletiva realizada após encontro com presidente de El Salvador (Imagem: Aaron Rupar/BlueSky)

Novidades constantes sobre tarifas para eletrônicos

No fim de semana, Trump anunciou que não aplicaria tarifas sobre eletrônicos importados, como celulares, notebooks e dispositivos similares. Já nesta segunda, a posição mudou para uma “isenção temporária”.

A equipe do presidente também informou que novas medidas específicas sobre a taxação desses produtos serão anunciadas em breve. Em vista da situação, a Apple chegou a encher cinco aviões cargueiros com iPhones e outros produtos para levar aos EUA antes das taxas entrarem em vigor.

As barreiras impostas à importação de produtos chineses por Trump podem beneficiar países com capacidade produtiva instalada.

O Brasil, por exemplo, teria potencial para fabricar cerca de 30% a mais de smartphones em 2025 do que o mercado interno pode absorver — e direcionar esse excedente para os EUA.

Isso porque produtos brasileiros estariam sujeitos a tarifas de 10%, contra os 145% aplicados a itens fabricados na China.

Ainda assim, especialistas afirmam que é cedo para prever mudanças concretas na cadeia produtiva de eletrônicos, já que as regras de importação para os EUA têm mudado com frequência, dificultando o planejamento de longo prazo por parte das empresas.

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