Mulher de charreteiro que atropelou e matou turista em praia é presa


Karina Santos Ribeiro está entre os cinco investigados por envolvimento na corrida de charretes que resultou na morte da turista Thalita Danielle Hoshino, de 38 anos, em Itanhaém (SP). Mulher investigada por envolvimento em “racha” de charretes que matou turista, em Itanhaém, foi presa após se entregar à polícia
Diego Bertozzi/TV Tribuna, Redes Sociais e Reprodução
Karina Santos Ribeiro foi presa preventivamente após se apresentar à polícia em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Ela está entre os cinco investigados por envolvimento na corrida de charretes que resultou na morte da turista Thalita Danielle Hoshino, de 38 anos, em Itanhaém.
A mulher é esposa de Rudney Gomes Rodrigues, o charreteiro que atropelou Thalita e já havia sido preso. Outro investigado, Fabiano Helarico, de 29 anos, que também estaria conduzindo uma charrete no momento do acidente, foi detido em São Bernardo do Campo (SP). Dois seguem foragidos.
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Thalita foi atropelada em 23 de março e morreu dois dias depois, no Hospital Irmã Dulce, em consequência de um traumatismo cranioencefálico (TCE). Rudney, de 31 anos, foi preso em Praia Grande no dia 29 de março e está detido na cadeia de Peruíbe.
Investigados
A Polícia Civil concluiu que cinco pessoas participaram do chamado “racha de charretes”, seja conduzindo carros ou as próprias charretes, e, por isso, a Justiça decretou a prisão preventiva de todos os investigados.
Karina estaria dirigindo um veículo na faixa de areia no momento do acidente. Ela se apresentou na delegacia de Praia Grande, acompanhada do advogada, na tarde desta quarta-feira (16). Conforme apurado pela TV Tribuna, afiliada da Globo, ela será levada à cadeia feminina de São Vicente.
O g1 entrou em contato com a defesa da mulher, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Bloqueio com pedras
Bloqueio com pedras é instalado na faixa de areia de praia em Itanhaém, SP, após morte de ciclista atropelada
Yasmin Braga/TV Tribuna
A Prefeitura de Itanhaém (SP) ergueu um bloqueio com pedras na faixa de areia da Praia do Santa Cruz no dia 28 de março para impedir a passagem de veículos e charretes na parte arenosa.
A administração municipal disse que vai estudar mudanças na legislação para endurecer as penalidades contra práticas irregulares nas praias da cidade.
Quem era Thalita Danielle Hoshino?
Thalita Danielle Hoshino, de 38 anos, sonhava em morar na praia
Arquivo pessoal
Thalita Danielle Hoshino sonhava em morar na praia. Segundo Gabriela, Thalita era moradora de São Bernardo do Campo (SP), trabalhava na área de tecnologia e estava no litoral paulista, acompanhada de amigos, para um passeio.
Gabriela e Thalita eram amigas há oito anos e estavam juntas no momento do acidente. A testemunha conseguiu desviar a bicicleta e contou ter alertado a vítima sobre os veículos. “A última palavra que eu falei foi para ela tomar cuidado […]. E aí ela foi embora, aí acabou tudo”, lamentou.
Momentos antes do acidente
De acordo com Gabriela, os momentos que antecederam o acidente da amiga foram bons. “Ela estava sentindo uma paz imensa. Ela estava muito feliz, estava tirando fotos, filmando, do jeito que ela sempre gostou”, afirmou a fisioterapeuta.
Ainda segundo Gabriela, Thalita demorou para decidir a roupa que usaria no passeio de bicicleta. “Ela nem ia colocar biquíni no dia, mas quando abriu um solzinho, ela falou: ‘eu vou pôr um biquíni’. Um biquíni roxo, porque ela adora cor roxa”, relembrou.
Vídeo mostra ciclista atropelada por charrete momentos antes de acidente em praia
Características
De acordo com a fisioterapeuta, ela e Thalita tentavam se reunir pelo menos uma vez ao mês, pois eram muito próximas e se ajudavam.
“Podia estar passando qualquer tipo de problema, ela sempre sabia como resolver, sempre sabia como se virar. Ela era realmente a nossa conselheira, uma pessoa que não deixava você ficar triste, não deixava você ficar de baixo astral. Ela sempre me levantava. Nos piores e nos melhores momentos, ela esteve do meu lado”, informou.
Ainda segundo Gabriela, a amiga era muito resiliente e calma. “Ela era luz, paz, mansidão”, finalizou.
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