Crimes virtuais: conheça principais tipos e saiba como se proteger de golpes cibernéticos


Número de boletins de ocorrência relacionados a crimes cibernéticos aumentou 74,2% em um ano em Santa Bárbara d’Oeste (SP), aponta Secretaria de Segurança Pública. Veja dicas para não cair em golpes virtuais
Karolina Grabowska / Pexels
O número de boletins de ocorrência relacionados a crimes cibernéticos aumentou 74,2% em um ano em Santa Bárbara d’Oeste (SP), de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP). A cidade teve 61 denúncias em 2024 e 35 casos em 2023. balanço foi obtido pela EPTV, afiliada da TV Globo, via Lei de Acesso à Informação (LAI). Saiba abaixo o que fazer para se proteger.
O levantamento, que compara os anos de 2023 e 2024, inclui Limeira e Piracicaba (SP). Veja detalhes na tabela:
Entre as 10 maiores cidades da área de cobertura da EPTV, Piracicaba ocupa o quarto lugar no ranking de municípios com maior número de registros, tendo 125 ocorrências em 2024. No ano anterior, foram 142 denúncias na metrópole.
Em Limeira (SP), foram 74 casos denunciados em 2024 e 99 ocorrências registradas em 2023.
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A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou quais foram os principais golpes bancários no Brasil em 2024, sendo que parte deles está relacionada a crimes cibernéticos. O que lidera a lista são as tentativas de fraude por Whatsapp.
Golpe por whatsapp
Falsa venda
Falsa central/Falso Funcionário
Phishing (fraude eletrônica para obter dados do usuário)
Falso investimento
Troca de cartão
Falso boleto
Devolução de empréstimo
Mão fantasma (criminoso entra em contato se passando por funcionário do banco)
Falso motoboy
Golpes virtuais fazem vítimas em Piracicaba, Limeira e Santa Bárbara d’Oeste
Reprodução/TV Globo
Como se proteger 🔒
Advogado especializado em direito digital, Rodrigo de Almeida afirmou que a melhor forma de se proteger é a prevenção. Ele orienta a sempre buscar a origem da instituição que está fazendo o contato pela internet e desconfiar a partir do momento que for solicitada alguma contribuição financeira.
“A gente tem que ser muito mais cauteloso do que antigamente. Tem que verificar o CNPJ da instituição que está comprando, desconfiar de uma oferta de emprego que pede pagamento. Tem que perder um pouco mais de tempo pesquisando mesmo”, disse o especialista.
Cuidado com links suspeitos 🔗
Segundo a professora de tecnologia Maria Cecília Ferreira, é preciso tomar bastante cuidado quando aparecem links.
“Às vezes, as pessoas abrem e não sabem o que é, e é vírus ou é golpe […] É um link desconhecido, não abre. São cuidados bastante simples, e que salvam muita coisa depois, muita dor de cabeça que acaba dando depois”, alerta.
Escolha uma senha forte 🔢
Ter uma senha forte em seus logins, seja no celular ou computador também pode ser útil para evitar acessos suspeitos.
“Você ter uma senha forte, como é exigido hoje, números, letras, caracteres”, explica.
Instalar as atualizações 🔁
Maria Cecília também destaca que é necessário sempre manter o sistema operacional e aplicativos atualizados, já que as atualizações trazem os recursos de segurança mais recentes.
Comprar onde conhece e cuidado com cadastros 🛍️
A professora afirma que deve-se comprar em sites confiáveis e que o consumidor conhece.
“Tomar bastante cuidado com todo tipo de cadastro. Quanto mais cadastro ela faz, mais vulnerável ela está. Às vezes, você abre um site e aparece : ‘digite de seu CPF’, ‘entre com o seu e-mail’, e do nada. Apareceu essa mensagem, sai fora”.
Ela explica que sites com link iniciado com HTTPS têm uma segurança maior.
O que fazer se caiu em um golpe? 🚨
Delegado da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Campinas, Antônio Dota Júnior orienta que a vítima registre boletim de ocorrência e guarde documentos necessários, como recibos de transferência ou a cópia de um eventual boleto pago aos criminosos.
Segundo ele, esses documentos são importantes para o início das investigações, para identificar os golpistas.
“A princípio, um golpe novo cria um pouco de dificuldade para você chegar ao autor, porque é um golpe novo. À medida que vão surgindo boletins de ocorrência com o mesmo modus operandi ou a mesma forma, a gente já vai utilizando as investigações anteriores para também se adaptar à continuidade”, explica.
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