Ibovespa (IBOV) abre em queda com aversão ao risco e ameaça de Trump; 5 coisas para saber ao investir hoje (22)

O Ibovespa (IBOV) abre o pregão desta terça-feira (22) em queda com aversão ao risco nos mercados globais.

Por volta das 10h1o (horário de Brasília), o principal índice da Bolsa brasileira caía 0,29%, aos 129.277,27 pontos.


O dólar à vista tinha leve baixa ante o real nas primeiras negociações de hoje, em linha com as perdas frente a emergentes, à medida que os investidores reagem a novos ataques do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao chair do Federal Reserve, Jerome Powell, e aguardam mais notícias sobre tarifas.

Por volta das 10h (horário de Brasília), o dólar à vista sobe 0,27%, a R$ 5,8825.

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Day Trade

  • BRF (BRFS3), Iguatemi (IGTI11) e mais 4 ações para comprar
  • Banco do Brasil (BBAS3), Azul (AZUL4) e outras ações para vender e buscar retornos de até 4,9%

Radar do mercado

  • Petrobras (PETR4), BRF (BRFS3), Iguatemi (IGTI11) e outros destaques

Confira os 5 assuntos que impactam o Ibovespa nesta terça-feira (22)

1 – Projeção para a inflação de 2025 desacelera

A projeção para a inflação de 2025 desacelerou de 5,65% para 5,57%, no Boletim Focus desta terça-feira (22). O reajuste acontece após os economistas estagnarem o dado em 5,65% nos últimos 3 relatórios.

Para 2026 e 2027, as projeções foram mantidas, em 4,50% e 4,00%, respectivamente. Já para 2028, os economistas elevaram de 3,79% para 3,80%.

As estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano subiram de 1,98% para 2,00% neste Focus. Para 2026, 2027 e 2028, o crescimento esperado para o país é de respectivos 1,70%, 2% e 2%.

Do mesmo modo, as projeções para o dólar indicam um câmbio na casa dos R$ 5,90 e R$ 5,96 em 2025 e 2026, respectivamente. Para 2027 e 2028, as apostas são de R$ 5,89 e R$ 5,85.

Em relação à Selic, os economistas mantiveram as expectativas para 2025 em 15% e para 2026 em 12,50%. Para os dois anos seguinte, as perspectivas para a taxa básica de juros são de 10,50% e 10%.

Veja as projeções.

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2- Powell é nova vítima de Trump

Após o recuo nas medidas tarifárias e lentidão nas negociações com demais países, como a China, Donald Trump encontrou uma nova vítima para fritar publicamente: Jerome Powell.

A relação entre os presidentes dos Estados Unidos e do Federal Reserve já não era muito boa. Trump vinha criticando a liderança de Powell durante a sua campanha eleitoral e isso se intensificou após o retorno à Casa Branca.

Mas, na semana passada, o diretor do Fed passou a ser bombardeado pelas críticas do republicano após ele alertar sobre os potenciais efeitos das tarifas na economia e reduzir a probabilidade de cortes nas taxas de juros em breve.

“Podemos nos encontrar em um cenário desafiador em que nossas metas de duplo mandato estejam em tensão”, disse Powell, no Clube Econômico de Chicago. “Se isso ocorrer, consideraremos o quão distante a economia está de cada meta e os horizontes de tempo potencialmente diferentes ao longo dos quais se prevê que essas respectivas lacunas se fechem”.

Trump, por sua vez, aumenta a pressão na direção de um corte de juros forçado. “Com esses custos tendendo tão bem para baixo, exatamente o que eu previ que eles fariam, quase não pode haver inflação, mas pode haver uma DESACELERAÇÃO da economia, a menos que o Sr. Too Late, um grande perdedor, reduza as taxas de juros, AGORA”, disse Trump em um post no Truth Social.

Os ataques de Trump não agradaram o mercado, que viu as ações em Wall Street caírem forte no pregão de ontem, quando parte das bolsas mundiais estavam fechadas devido a feriados.

3- Mercados emergentes mostram resiliência em meio à instabilidade global

Enquanto Wall Street amargava perdas de quase 3% na última segunda-feira, os mercados emergentes reagiram de forma mais branda à nova onda de instabilidade vinda dos Estados Unidos. Segundo Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, esse comportamento pode sinalizar uma mudança de rota nos fluxos globais.

“É uma rotação silenciosa em busca de ativos mais baratos, menos expostos à disfuncionalidade da política econômica americana”, afirmou.

O EWZ, fundo que replica a Bolsa brasileira em Nova York, e os ADRs da Petrobras já haviam antecipado uma postura mais defensiva dos investidores locais. Ainda assim, Spiess destaca que tanto Brasil quanto China sofreram menos que os Estados Unidos na sessão mais recente.

O ETF de mercados emergentes, por exemplo, caiu apenas 0,25%, enquanto os índices americanos desabaram.

4 – Índice de aprovação de Trump cai

O índice de aprovação pública do presidente dos EUA, Donald Trump, caiu para seu nível mais baixo desde seu retorno à Casa Branca, conforme os norte-americanos mostraram sinais de cautela em relação a seus esforços para ampliar seu poder, mostrou uma pesquisa Reuters/Ipsos encerrada na segunda-feira.

Cerca de 42% dos entrevistados na pesquisa de seis dias aprovaram o desempenho de Trump como presidente, abaixo dos 43% de uma pesquisa Reuters/Ipsos realizada três semanas antes e dos 47% nas horas seguintes à sua posse em 20 de janeiro.

5- BRF (BRFS3) anuncia investimento de US$ 160 milhões em nova fábrica na Arábia Saudita

BRF (BRFS3) e a Halal Products Development Company (HPDC), uma subsidiária do Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF), anunciaram um investimento de US$ 160 milhões em uma nova fábrica de alimentos na Arábia Saudita.

Segundo o comunicado enviado ao mercado, a nova fábrica terá capacidade de produção de aproximadamente 40 mil toneladas/ano de produtos processados a base de aves e bovinos.

Segundo a BRF, o projeto permitirá à empresa aumentar sua produção local de 17 mil para até 57 mil toneladas ao ano, capturando a demanda crescente do mercado da região e de contas globais, bem como sedimentando sua parceria estratégica com a Arábia Saudita.

*Com informações de Reuters 

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