O que esperar do balanço da Tesla (TSLA) no 1T25? Trimestre teve Elon Musk na política, queda de 44% nas ações e ‘tarifaço’ de Trump

Na noite desta terça-feira (22), a Tesla (TSLA) publicará seu balanço referente ao primeiro trimestre de 2025 (1T25). As ações acumulam uma queda da ordem de 44% neste ano e parte desse recuo se deve à volta do CEO da fabricante de carros elétricos, Elon Musk, de Washington. 

Vale lembrar que Musk foi designado como chefe do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês) quando Donald Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos. 

No entanto, a proximidade com Trump, o avanço da fabricante chinesa de carros elétricos BYD e a guerra comercial com a China devem pressionar os resultados, de acordo com os analistas. 

Assim, a Tesla deve reportar uma receita de US$ 21,43 bilhões no primeiro trimestre, segundo estimativas da Bloomberg. O resultado é levemente acima dos US$ 21,3 bilhões do trimestre imediatamente anterior. 

Já o lucro líquido ajustado deve atingir os US$ 1,57 bilhão, também ligeiramente acima do trimestre anterior de US$ 1,54 bilhão. Isso se traduz em um lucro por ação (EPS, na sigla em inglês) de US$ 0,44.

Nesta terça-feira, os papéis da Tesla sobem 1,43% por volta das 10h01 no pré-mercado em Nova York, com as ações cotadas a US$ 230,87. 

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Os problemas da Tesla (TSLA) no trimestre

A grande preocupação para o principal negócio da Tesla é a demanda.

No início de abril, a Tesla reportou entregas de 336.681 unidades no primeiro trimestre, contra 390.342 estimadas pelo consenso da Bloomberg — marcando o pior trimestre para entregas desde o segundo trimestre de 2022.

Vale lembrar também que a guerra tarifária de Trump está alimentando os temores dos investidores, em especial de uma desaceleração econômica. As taxas de 25% sobre importações estrangeiras no setor automotivo colocaram montadoras como a Tesla em uma situação bastante difícil.

Uma solução à vista?

“Musk precisa deixar o governo, dar um grande passo para trás em relação ao DOGE e voltar a ser CEO da Tesla em tempo integral”, escreveu o analista da Wedbush, Dan Ives, em um relatório  para clientes publicado no último domingo (20).

Ives acrescentou: “Qualquer um que pense que o dano à marca que Musk infligiu não é real, passe algum tempo conversando com compradores de carros nos EUA, na Europa e na Ásia. Você vai pensar diferente depois”.

Apesar disso, o analista manteve a classificação de outperform (o equivalente a compra) para a Tesla. Porém, Ives reduziu o preço-alvo dos papéis da Tesla de US$ 550 para US$ 315, um corte de quase 43%.

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A ação da Tesla subiu no momento em que as entregas foram divulgadas, após uma reportagem do Politico dizer que Musk deveria reduzir suas funções na administração Trump “nas próximas semanas”.

Os investidores também estão ansiosos para ouvir mais sobre o desenvolvimento de um veículo elétrico mais barato há muito esperado, que a empresa vem mencionando há mais de um ano.

A Tesla prometeu lançar um veículo elétrico de menor preço no primeiro semestre de 2025, juntamente com outros novos veículos que, segundo a empresa, permitiriam que ela retornasse a uma taxa de crescimento de 50% em comparação com 2023.

*Com informações do Yahoo Finance

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