Banco Central quer regular cripto e limitar autocustódia

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No mais recente episódio do Cryptocast, o advogado especialista em direito digital, Guilherme Guid, abordou os impactos da consulta pública 111 do Banco Central do Brasil, que visa regular as transações com stablecoins. A proposta inclui a tributação dessas operações por meio do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e a restrição de transferências para carteiras de autocustódia.

A consulta pública gera um debate importante sobre a essência da descentralização no mercado de criptomoedas. Segundo Guid, a medida pode favorecer corretoras estabelecidas, que estão mais bem preparadas para cumprir as novas exigências, mas, ao mesmo tempo, pode comprometer a liberdade e a autonomia que o ambiente cripto proporciona aos usuários.

As stablecoins, criptomoedas atreladas a ativos estáveis, como o dólar, têm ganhado popularidade por sua capacidade de minimizar a volatilidade típica do mercado cripto. Entretanto, a proposta do Banco Central pode trazer novas obrigações e custos para os usuários, que poderão ser desencorajados a utilizar essas moedas digitais.

Outro ponto abordado por Guid é a responsabilidade que as corretoras terão em relação às regras de segregação patrimonial e segurança cibernética. Com a regulamentação, as plataformas de negociação precisarão adotar medidas rigorosas para proteger os ativos dos usuários, o que pode aumentar a confiança dos investidores, mas também elevar os custos operacionais dessas empresas.

A consulta pública 111 levanta questões sobre a liberdade de mercado e a inovação no setor de tecnologia financeira. Enquanto alguns defendem que a regulamentação é necessária para proteger os consumidores e evitar fraudes, outros argumentam que um controle excessivo pode sufocar a inovação e limitar o potencial das criptomoedas no Brasil.

A análise de Guilherme Guid ressalta a importância de um debate aberto e construtivo sobre a regulamentação das criptomoedas no país. Ele enfatiza que é fundamental equilibrar a proteção do consumidor com a promoção da inovação, permitindo que o Brasil se posicione como um líder no cenário global de tecnologia financeira.

Com a crescente adoção de criptomoedas e a evolução constante do mercado, a necessidade de regulamentação se torna cada vez mais urgente. A consulta pública do Banco Central representa um passo importante nesse processo, mas é crucial que as vozes dos diversos stakeholders, incluindo usuários, desenvolvedores e investidores, sejam ouvidas.

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