Por que smartwatch detecta caminhada, mas não musculação? Especialista explica

O Canaltech esteve no centro de pesquisas da Huawei, na China, para conhecer mais sobre os recursos de monitoramento de saúde dos smartwatches da marca, e como a empresa treina seus algoritmos para monitoramento de saúde. 

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Nós também tentamos entender, porque os relógios identificam, automaticamente, quando um usuário começa uma caminhada ou corrida, mas não consegue iniciar, sozinho, o monitoramento de determinadas atividades, como musculação e outros. 

Em entrevista ao Canaltech, a marca explicou a importância de treinar algoritmos específicos para cada tipo de atividade. A empresa destaca que essa é a melhor forma de otimizar o desempenho do monitoramento dos exercícios, em vez de usar um modelo genérico multi-modalidades. 


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“Nosso objetivo é oferecer aos usuários a medição mais completa, rápida e precisa possível. No fim das contas, há diversos desafios envolvidos, como a postura do usuário durante o treino, altitude, temperatura ambiente, entre outros”, explica Carlos Flores Morales, Gerente de Relações Públicas da Huawei Latino América. 

O executivo também esclareceu como os relógios da marca conseguem identificar certas atividades, como corridas, caminhadas e ciclismo, mas não são capazes de determinar quando o usuário inicia outras específicas, como musculação ou ginástica. 

Centro de esportes da Huawei, na China, recebe colaboração de atletas para aprimorar recursos de monitoramento de atividades (Imagem: Felipe Szatkowski/Canaltech)

De acordo com Carlos, isso acontece porque caminhada ou corrida, por exemplo, apresentam movimentos bem distintos e muito repetitivos, que facilitam para detectar e identificar cada um. Morales também destaca a popularidade de atividades externas: 

“Caminhar e correr não são apenas exercícios mais comuns para a maioria dos usuários, mas também apresentam um padrão de movimento bem distinto, o que nos permite prever o tipo de atividade com um nível maior de confiança — diferente de outros tipos de treino que podem ser interpretados de várias formas”, completa. 

De forma resumida, tem certa relação, também, com movimento e quantas vezes você o repete— o gadget consegue entender quando o usuário começa a se mover de um ponto para o outro, além de ter mais movimentos específicos de várias partes do corpo. 

Detalhes técnicos sobre os estudos não foram revelados pela marca, mas a chinesa destaca que contou não só seus centros de pesquisa — presentes na Finlândia e em Donnguan, na China — como também a colaboração de atletas profissionais para criar o melhor algoritmo de monitoramento:

“A colaboração é fundamental nesse processo. Temos centros de pesquisa e desenvolvimento na China, onde trabalhamos em parceria com instituições médicas e acadêmicas, e também temos um centro de P&D em Helsinque, na Finlândia. Lá, testamos nosso hardware e software em ambientes reais e exigentes, ao lado de atletas profissionais, para melhorar a coleta de dados pelos sensores dos nossos wearables”, destaca Morales.

A Huawei também reforça o treinamento do algoritmo tanto em cenários reais, com atletas, quando em ambientes controlados, com esteiras inteligentes, simuladores de esportes específicos, piscinas com correnteza, entre outros, para replicar as informações coletadas em ambientes reais e atestar a eficiência do monitoramento. 

Smartwatches e smartbands estão cada vez mais completos e “independentes”

Um dos últimos lançamentos da empresa é o Huawei Watch D2. Nós já testamos o vestível no Canaltech, e você pode conferir a análise completa. O relógio tem uma proposta bem distinta, que faz dele uma das melhores opções para quem busca um monitoramento de saúde completo e independente. 

Smartwatches conseguem monitorar diversas modalidades de exercícios e dados de saúde (Imagem: Felipe Szatkowski/Canaltech)

Isso porque ele é capaz de aferir a pressão arterial direto no pulso, sem precisar de calibração com um monitor dedicado, e sem depender de acessórios externos. Para isso, ele conta com uma “braçadeira”, que infla em volta do pulso e faz o serviço sozinho. 

Esse método gera um certo questionamento por parte de usuários ou “incrédulos”, principalmente por fazer a análise pelo pulso, e não pelo braço — que é o método convencional. 

Para responder a esses questionamentos, Morales destaca a evolução da tecnologia de monitoramento de pressão arterial, que cresceu consideravelmente nos últimos anos ao ponto de permitir a “coleta” dos dados direto do pulso.

O executivo também explicou que diversos modelos de equipamentos médicos também seguem essa metodologia. 

Além disso, ele também destaca que o Huawei Watch D2, em específico, recebeu autorização e certificação para Medição de Pressão Arterial (BP) e Monitoramento Ambulatorial de Pressão Arterial (ABPM), e seguem os padrões de design da Sociedade Europeia de Hipertensão. 

“No caso do HUAWEI WATCH D, apesar de não ser um dispositivo médico, ele consegue oferecer medições precisas que, quando analisadas com o acompanhamento de um profissional da saúde, se tornam uma ferramenta poderosa para que os usuários acompanhem sua condição de saúde”, reforça. 

Seguindo nessa linha, Morales também ressalta que, apesar de oferecerem medições precisas que ajudem, de certa forma, a antecipar certas irregularidades, os dispositivos não substituem nem devem descartar um acompanhamento médico com um profissional da saúde:

“Nós imaginamos um futuro em que a tecnologia possa ser uma parceira confiável para enriquecer a vida dos nossos usuários. Nesse sentido, nenhum dispositivo pode substituir um profissional da saúde. Acreditamos que nossos wearables são excelentes em oferecer informações sobre o próprio corpo que os usuários podem compartilhar com seus médicos”, explica.

“Na Huawei, estamos trabalhando na combinação de sensores e algoritmos para fornecer aos usuários informações valiosas sobre possíveis riscos à saúde”, finaliza. 

Centro de pesquisas Huawei
Centro de pesquisas Huawei (Felipe Szatkowski/Canaltech)
Centro de pesquisas Huawei
Centro de pesquisas Huawei (Felipe Szatkowski/Canaltech)
Centro de pesquisas Huawei
Centro de pesquisas Huawei (Felipe Szatkowski/Canaltech)
Centro de pesquisas Huawei
Centro de pesquisas Huawei (Felipe Szatkowski/Canaltech)
Centro de pesquisas Huawei
Centro de pesquisas Huawei (Felipe Szatkowski/Canaltech)
Centro de pesquisas Huawei
Centro de pesquisas Huawei (Felipe Szatkowski/Canaltech)
Centro de pesquisas Huawei
Centro de pesquisas Huawei (Felipe Szatkowski/Canaltech)
Centro de pesquisas Huawei
Centro de pesquisas Huawei (Felipe Szatkowski/Canaltech)
Centro de pesquisas Huawei
Centro de pesquisas Huawei (Felipe Szatkowski/Canaltech)
Centro de pesquisas Huawei
Centro de pesquisas Huawei (Felipe Szatkowski/Canaltech)
Centro de pesquisas Huawei
Centro de pesquisas Huawei (Felipe Szatkowski/Canaltech)
Centro de pesquisas Huawei
Centro de pesquisas Huawei (Felipe Szatkowski/Canaltech)
Centro de pesquisas Huawei
Centro de pesquisas Huawei (Felipe Szatkowski/Canaltech)

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