Linha Raptor Lake da Intel ainda vende mais do que suas CPUs para IA

Em seu relatório fiscal para o primeiro trimestre de 2025, a Intel revelou que sua linha Raptor Lake, iniciada em 2022, tem se mostrado mais popular do que seus produtos mais recentes. Ao optarem por CPUs mais antigas — e mais baratas —, os consumidores têm feito com que CPUs mais preparadas para a inteligência artificial não registrem as vendas esperadas.

Isso tem produzido dificuldades adicionais para a companhia, que se vê incapaz de atender à demanda pelos componentes mais antigos. Isso porque ela tem uma capacidade de produção reduzida para os chips que usam o processo Intel 7 — algo que ela acredita que não vai mudar em um futuro próximo.

Em seu relatório fiscal, a Intel atribui isso a um “aumento inesperado” por produtos das linhas N-1 e N-2, correspondentes à geração Raptor Lake. A companhia também afirma que a busca pelos produtos mais antigos foi intensificada pelas tarifas anunciadas pela presidência dos Estados Unidos, que têm feito muitos consumidores anteciparem compras diante da perspectiva de aumentos de preços.

Intel sofre com falta de um “app matador” para a IA

Michelle Johnston Holthaus, CEO da divisão Intel Products, afirmou que a situação não vai mudar os planos da companhia para a linha Panther Lake, que deve estrear no final de 2025. Embora tenha afirmado acreditar que os novos produtos vão ser bem-recebidos pelo mercado comercial, a executiva não mencionou a possibilidade de eles se tornarem populares entre laptops voltado a um público mais amplo.

O Tom’s Hardware explica que isso é fruto de um entendimento de que ainda falta um “app matador” que prove aos consumidores o verdadeiro valor de adotar CPUs especializadas em IA. Atualmente, a maioria dos recursos atrelados à tecnologia surge na forma de soluções de pesquisa e chat para softwares pré-existentes, a maioria deles focada no campo da produtividade.

Nesta semana, o atual CEO da Intel, Lip Bu-Tan, anunciou que vai realizar diversas demissões como parte de um processo de reestruturação amplo. Ele tem como objetivo reduzir custos operacionais, agilizar dinâmicas que considera burocráticas e orientar novamente a empresa para uma mentalidade voltada à criação de produtos de alta qualidade.

Fonte: Tom’s Hardware

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