Fundos imobiliários: Analista mostra como montar carteira com menos de R$ 50 — ‘preço de uma pizza’

Começar a investir em fundos imobiliários com pouco dinheiro é possível — e pode ser uma estratégia mais diversificada do que muitos imaginam. Segundo Danilo Barbosa, analista CNPI e sócio-diretor de research do Clube FII, já é viável montar uma carteira equilibrada com apenas R$ 50, combinando tanto FIIs de papel quanto de tijolo.

Na visão do especialista, os dois tipos de fundos imobiliários são complementares e devem coexistir em um portfólio bem estruturado.

“É como comparar banana com maçã. Apesar de fazerem parte da mesma classe de ativos, têm características muito distintas”, explica.

Enquanto os fundos de papel entregam rendimentos mensais mais estáveis e corrigidos pela inflação — sendo ideais para reinvestimento e efeito dos juros compostos —, os FIIs de tijolo tendem a gerar valorização patrimonial no longo prazo.

“Hoje, os fundos de tijolo estão com preços muito atrativos. Lajes corporativas, por exemplo, estão negociando com desconto de 34%. O segmento de varejo tem cerca de 21% de desconto, e shoppings, 18%”, diz Danilo.

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Como investir em fundos imobiliários com R$ 50,00

Para quem está começando e tem pouco dinheiro disponível para investir, Danilo sugere uma carteira diversificada abaixo de R$ 50 com cinco fundos imobiliários:

Fundo Imobiliário Quantidade em carteira Valor Cota (R$) P/VPA
GARE11 1 8,72 0,96
VGIR11 1 9,19 0,94
CPTS11 1 7,42 0,85
SPXS11 1 8,46 0,91
CCME11 1 8,90 0,87
*Carteira de R$ 50,00 do Clube FII

Com apenas uma cota de cada, o investidor consegue exposição a diferentes segmentos do mercado imobiliário e já dá os primeiros passos na construção do patrimônio, destaca Barbosa.

“Com o preço de uma pizza, já é possível começar a investir em cinco ativos diferentes. Não existe mais desculpa para não começar. Com R$ 50, você já está diversificando bastante”, afirma o analista.

Fundos imobiliários de papel ou tijolo: onde investir?

Apesar do desconto atual dos fundos imobiliários de tijolo, ele reforça que não se trata de uma escolha entre um ou outro tipo, mas sim de encontrar o equilíbrio conforme o perfil de cada investidor antes de montar ou rebalancear uma carteira.

“Alguém mais jovem, com horizonte de investimento mais longo, pode se expor mais aos FIIs de tijolo, buscando valorização patrimonial. Já quem está perto da aposentadoria pode preferir a previsibilidade dos rendimentos dos fundos de papel”, exemplifica.

Para o especialista, não existe fórmula mágica. O ideal é avaliar a tolerância ao risco, a necessidade de geração de renda e os objetivos de cada um. “A alocação entre FIIs de papel ou tijolo muda bastante conforme esses fatores”, conclui.

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