Na Hypera, grupo de Parisotto emplaca uma conselheira

A assembleia de acionistas da Hypera terminou com vitória do bloco de controle e uma derrota parcial dos minoritários: dos dois candidatos indicados pelo fundo Geração L. PAR, ligado ao investidor Lírio Parisotto, apenas Rachel Maia foi eleita para o novo conselho da farmacêutica.

A eleição de Rachel acabou desbancando Eliana Chimenti, advogada do Machado Meyer que foi uma das candidatas da chapa apoiada pela administração, mas que ficou de fora após o uso do voto múltiplo​.

A eleição de Rachel é mais um capítulo da ofensiva iniciada por Parisotto após a tentativa frustrada da EMS, controlada por Carlos Sanchez, de adquirir a Hypera no fim do ano passado​. Depois da oferta hostil, Sanchez ampliou sua posição acionária na concorrente e, em articulação com Parisotto — de quem é sócio em alguns negócios ​—, tentou influenciar a formação do novo conselho.

O movimento esbarrou numa barreira erguida pelo fundador João Alves de Queiroz Filho, conhecido como Junior, que reforçou seu bloco de controle com a Votorantim e a gestora mexicana Maiorem​​, e também numa decisão do Cade que suspendeu os direitos políticos da EMS enquanto analisa o risco concorrencial​.

Sem o peso dos votos da EMS, Parisotto retirou sua candidatura às vésperas da assembleia​​, e apenas Rachel Maia conseguiu conquistar apoio suficiente para se eleger. Marcelo Gasparino, outro indicado, ficou de fora.

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