Taiwan avança lei para barrar transferência das tecnologias de ponta da TSMC para outros países

A imprensa de Taiwan relata avanços em uma lei que deve impedir a TSMC de produzir seus chips mais avançados fora do país. As informações aparecem conforme a gigante taiwanesa dos semicondutores investe cada vez mais em instalações globais, especialmente nos EUA.

No final do ano passado o Ministro de Negócio Econômicos de Taiwan, J.W. Kuo ressaltou que as normas do país já impediam a TSMC de produzir em 2nm – seu processo mais avançado atualmente – fora do país. No entanto, parece que as regras eram flexíveis, e a empresa conseguiu uma autorização para levar a tecnologia aos EUA.

Fotografia de J.W. Kuo.
Fonte: Taipei Times

Agora as autoridades nacionais querem colocar no papel uma proibição definitiva para a prática. Aparentemente a norma faz parte do Artigo 22 de uma nova Portaria para Criações Industriais, que tramita no governo taiwanês. Além de outras determinações, a lei estabelece a “política do N-1 (N menos um)”, que ordena que instalações da TSMC fora de Taiwan devem estar sempre uma geração atrás em suas tecnologias.

Outro aspecto importante da normativa é que autoridades de Taiwan poderão barrar qualquer empresa do país de fazer negócios com estrangeiros se o governo determinam que eles apresentam riscos à segurança nacional.

TSMC deve enfrentar nova lei em sua terra natal ainda neste ano

Segundo as reportagens do país, a expectativa é que a lei avance e entre em vigor ainda neste ano, nos últimos meses. Isso não significa, necessariamente, que a TSMC precise mudar seus planos atuais de expansão fora do país.

A fabricante de chips vai precisar somente garantir em seu roadmap que a produção de determinado processo nos EUA comece somente depois de já estar trabalhando com algo mais avançado em Taiwan. Quando sua litografia de 1,4nm começar em seu país, por exemplo, a empresa poderia começar a fazer chips de 2nm nos EUA.

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É por isso que o plano de investimentos da TSMC parece mirar no longo prazo, algo que não encontrou ainda resistência do governo em sua terra natal.

Via: WCCFTech

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