Safra eleva preços-alvo do Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3), mas ainda prevê turbulências

O Safra elevou os preços-alvo do Magazine Luiza (MGLU3), de R$ 8,50 para R$ 12, e da Casas Bahia (BHIA3), de R$ 3,20 para R$ 4. As recomendações são neutra e venda, respectivamente.

O analista Vitor Pini aponta que Casas Bahia continua como um “retardatário” devido ao nível de retorno inferior em relação aos seus pares, com uma estimativa de retorno sobre o capital investido (ROIC) de apenas 2% ao ano entre 2024 e 2027, ante 6% do Magalu e 59% do Mercado Livre.

Esse aspecto somando a uma queima de caixa ainda alta e um potencial de queda implícito de 31% justificam a recomendação de venda para Casas Bahia.

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Já no caso de Magazine Luiza, o crescimento ligeiramente menor da receita e o nível mais alto de despesa financeira líquida levou o Safra a reduzir a estimativa de lucro líquido em 14% em 2025, implicando em um preço sobre lucro de 26 vezes para 2025 ou 13 vezes para 2026, o que o analista aponta como uma avaliação razoável.

A relação P/L indica como mercado está precificando o lucro de uma empresa em relação ao preço de suas ações.

O Safra destaca que o Magazine Luiza tem mantido uma geração de caixa estável, mesmo em meio ao cenário macroeconômico deteriorado pelo aumento nas taxas de juros. Isso significa uma abordagem mais diligente, equilibrando crescimento e lucratividade, avalia o banco.

Fatores de risco para o e-commerce

O Safra lista alguns fatores de risco para empresas do e-commerce. Entre eles está o atual cenário macroeconômico, uma vez que tem impacto direto na demanda, nas vendas de e-commerce e taxa de inadimplência de fintechs.

Somado a isso, existem os desafios com ganhos de margem, competição, especialmente de nomes estrangeiros e a oferta de crédito em um cenário turbulento no Brasil.

No setor de e-commerce, o posto de principal recomendação do Safra não fica com Magazine Luiza e nem Casas Bahia, mas sim com o Mercado Livre (MELI34).

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