Mercado de trabalho registra alta no desemprego, segundo PNAD

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A taxa de desocupação no Brasil foi de 7,0% no trimestre encerrado em março de 2025, segundo dados do mercado de trabalho divulgados nesta terça-feira (30) pela PNAD Contínua do IBGE. O índice representa uma alta de 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, quando a taxa era de 6,2%. Em comparação com o mesmo período de 2024, houve queda de 0,9 ponto percentual.

Apesar da elevação na comparação trimestral, o resultado ainda representa a menor taxa para trimestres encerrados em março desde o início da série histórica, iniciada em 2012.

Desocupação e força de trabalho

A população desocupada somou 7,7 milhões de pessoas, um aumento de 13,1% no trimestre (mais 891 mil), mas queda de 10,5% em relação ao ano anterior (menos 909 mil).

Já a população ocupada foi estimada em 102,5 milhões, com redução de 1,3% no trimestre (menos 1,3 milhão), e aumento de 2,3% frente ao mesmo trimestre de 2024 (mais 2,3 milhões). O nível da ocupação, que representa o percentual de pessoas ocupadas em relação à população em idade de trabalhar, ficou em 57,8%.

A força de trabalho total (ocupados e desocupados) somou 110,2 milhões de pessoas, com queda de 0,4% no trimestre e crescimento de 1,3% no ano.

Mercado formal e informalidade

O número de empregados no setor privado foi de 53,1 milhões, queda de 1,0% no trimestre. Desse total, os com carteira assinada se mantiveram estáveis, enquanto os sem carteira recuaram 5,3% (menos 751 mil pessoas).

A taxa de informalidade caiu para 38,0% da população ocupada (ou 38,9 milhões de trabalhadores), frente aos 38,6% registrados no final de 2024.

O setor público empregava 12,5 milhões de pessoas, queda de 2,3% no trimestre e alta de 3,7% no ano. O número de trabalhadores domésticos recuou nas duas comparações: -4,0% no trimestre e -3,4% no ano.

Rendimento bate recorde

O rendimento médio real habitual foi de R$ 3.410, o maior valor da série histórica iniciada em 2012. O indicador subiu 1,2% frente ao trimestre anterior e 4,0% na comparação anual.

A massa de rendimento real habitual, que soma todos os rendimentos do trabalho no país, ficou em R$ 345,0 bilhões, estável no trimestre e com alta de 6,6% no ano.

Setores com queda e crescimento

Na comparação com o trimestre anterior, houve retração no número de ocupados em:

  • Construção: -5,0%
  • Alojamento e alimentação: -3,3%
  • Administração pública, saúde e educação: -1,6%
  • Serviços domésticos: -4,0%

Já na comparação anual, os setores que mais cresceram em ocupação foram:

  • Administração pública, saúde e educação: +4,0%
  • Comércio e reparação: +3,1%
  • Indústria: +3,3%
  • Transporte e correio: +4,4%
  • Serviços financeiros e administrativos: +4,1%

Emprego firme eleva projeções de crescimento

Para Leonardo Costa, economista do ASA Investments, os dados da PNAD reforçam o sinal de aquecimento do mercado de trabalho no início de 2025. O economista analisa que a o primeiro trimestre deste ano mostra que o mercado de trabalho voltou a ficar aquecido. “Isso, combinado ao desemprego em mínimas históricas, nos leva a projetar um desempenho mais robusto do PIB no 1T25”, avaliou Costa.

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