COP 29: Brasil apresenta novas metas climáticas e impulsiona negociações globais

Na sexta-feira da COP 29, realizada em Baku, Azerbaidjão, observou-se um marco significativo com a entrega das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) pelo Brasil. Essas metas são essenciais para a redução das emissões globais de gases de efeito estufa. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, liderou essa entrega, um ato que destacou o posicionamento brasileiro no combate às mudanças climáticas em um palco internacional tão crucial.

Este evento internacional reúne representantes de 198 países, discutindo e planejando ações significativas para mitigar os impactos climáticos no globo. O retorno de líderes mundiais como Joe Biden e Xi Jinping à mesa de negociações no G20, pouco antes do encerramento da conferência, gera expectativas de avanços nas travadas negociações financeiras fundamentais para a concretização dos acordos climáticos discutidos.

Desafios e Expectativas do Financiamento Climático

Uma das principais expectativas em eventos como a COP 29 é o aumento do financiamento para projetos climáticos. O biólogo Thiago Metzker destaca que os valores em discussão passaram de US$ 100 bilhões para cifras que podem chegar a trilhões de dólares. Entretanto, Sérgio Myssior, urbanista e analista presente na conferência, ressalta certa frustração com a lentidão das negociações financeiras, uma situação recorrente que, historicamente, só se resolve nos últimos dias do evento.

Esses valores são fundamentais para implementar as soluções e compromissos propostos pelos diversos países participantes. No entanto, a garantia de tal financiamento constitui um desafio global, ainda mais em um contexto onde a emergência climática se intensifica, afetando cotidianos em diversas nações. O desfecho dessas negociações é observado de perto pelos representantes presentes, na esperança de consolidar um acordo efetivo e viável.

COP29 realizada no Azerbaijão. • Divulgação: ONU

Por que a COP 29 Pensa em Eventos Periódicos?

Durante as discussões, surgiu a ideia de adotar um modelo de fracionamento da COP em reuniões mais frequentes. Essa abordagem pode tornar o processo de decisão mais ágil e eficiente, permitindo resoluções mais rápidas para os desafios climáticos. Segundo Myssior, há uma necessidade urgente de encurtar os ciclos de decisão, de forma que outorgue tempo hábil para implementação de mudanças significativas nos acordos climáticos.

Essa proposta se alinha com a urgência para enfrentar as adversidades climáticas que impactam diretamente economias, cidades e ecossistemas em todo o mundo. Com um número crescente de eventos extremos, a adaptação e mitigação desses desafios requerem ações coordenadas e contínuas, promovendo um planejamento que integre atores diversos em suas estratégias.

Deveria Minas Gerais Criar uma “COP Minas”?

Inspirado pelo modelo de conferências periódicas, o biólogo Thiago Metzker sugere um evento regional, chamado “COP Minas“, que poderia ser um espaço para discutir e alinhar propostas inovadoras em Minas Gerais em preparação para a “COP da Floresta“, agendada para 2025. Esta iniciativa visa engajar setores públicos, privados, sociedade civil e grupos vulneráveis na formulação de estratégias climáticas locais.

Com os recentes eventos climáticos extremos ocorridos em Belo Horizonte, a ideia de um evento local ganha ainda mais relevância. Esses fenômenos destacam a necessidade de ações focadas e imediatas para enfrentar os desafios locais, partilhando soluções que possam ser apresentadas em um cenário mais amplo, buscando colaboração e apoio internacional para a implementação dessas propostas.

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