O que é um magnetar? Entenda o fenômeno mais extremo do universo

Imagine um corpo celeste tão poderoso capaz de desorganizar a estrutura atômica da matéria a centenas de quilômetros de distância. Esse é o magnetar, uma estrela formada por nêutrons que possui um campo magnético absurdamente forte.

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A título de comparação, o campo magnético dessas estrelas é cerca de um trilhão de vezes mais potente que o da Terra. Hipóteses extremas apontam que a força de uma magnetar pode destruir todos os cartões de crédito do nosso planeta, caso ele passe por nós a uma distância de cerca de 190 mil quilômetros.

Composição de um magnetar

Os magnetares são estrelas de nêutrons raras, e que surgem após o colapso de estrelas supermassivas, evento conhecido como supernova. O maior destaque fica por conta do seu campo magnético incrivelmente denso, que pode gerar erupções colossais de energia.


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Informações da NASA dão conta de que esses corpos celestes altamente energizados medem cerca de 19 quilômetros de diâmetro e, até o momento, foram identificados cerca de 30 deles no universo. Outra evidência dos cientistas é de que essas estrelas perdem força com o passar do tempo. 

Pesquisadores espaciais ainda buscam mais informações relacionadas à taxa de nascimento e a novos cenários de formação destes corpos celestes, o que seria crucial para desenvolver teorias relacionadas a eventos transitórios do universo, como explosões de raios gama, supernovas super luminosas e explosões rápidas de rádio.

Erupções magnéticas

Estrela de nêutrons com campo magnético extremamente forte
Erupções magnéticas de magnetares liberam raios-x e raios gama (Imagem: DIvulgação/ESA)

As explosões dos magnetares são conhecidas como erupções magnéticas ou flares, e acontecem quando seu campo magnético sofre instabilidades ou “rupturas”. Esse campo é tão forte que pode deformar a crosta da própria estrela de nêutrons, que possui uma camada rígida e densa. Quando essa crosta se quebra, o magnetar pode liberar uma quantidade exorbitante de energia.

Esses flares liberam raios-X e raios gama que atravessam o espaço e podem ser detectados por telescópios mesmo a milhares de anos-luz de distância. Em 2020, a erupção de um magnetar a 13 milhões de anos-luz da Terra espalhou pelo universo, em 0,16 segundo, a energia equivalente a um bilhão de sóis.

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