Brasil precisa investir mais em defesa para proteger seu território, alerta ministro

O mundo nunca esteve tão armado. Em 2024, os países somaram um gasto de mais de 2 trilhões e 300 bilhões de dólares em compras de armamentos, segundo dados recentes do setor de defesa. Esse movimento global inclui nações que historicamente evitavam investimentos militares, como o Japão, que flexibilizou sua Constituição para aumentar seu arsenal.

Diante desse cenário, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, fez um alerta: “O mundo inteiro está se armando. Até países que nunca pensaram em ter armas agora compram. Um país para ser pacífico precisa estar armado”. A fala reflete a preocupação do governo brasileiro com o baixo investimento nacional na área de defesa. Atualmente, o Brasil está entre os únicos dois países relevantes que reduziram os gastos militares nos últimos anos – junto com o Irã.

O ministro defende que o Brasil precisa de uma defesa compatível com sua extensão territorial e riquezas naturais. “Não queremos armas para invadir ninguém, mas precisamos proteger nosso patrimônio. São 17 mil quilômetros de fronteira e um patrimônio enorme para defender”, afirmou.

Entre os desafios citados está a vigilância da Amazônia. Nos últimos dois anos, o Exército tem atuado de forma intensa em Roraima, reprimindo atividades ilegais de garimpo e protegendo populações indígenas. “Vigiamos Roraima como se fosse um quartel”, disse Múcio, ressaltando a necessidade de infraestrutura e recursos permanentes para essas operações.

Na América do Sul, o Brasil está atrás de outros países em investimentos proporcionais na defesa: Uruguai e Colômbia estão à frente, enquanto o Brasil destina apenas cerca de 1% do PIB ao setor. Segundo o ministro, é preciso aprovar uma PEC da previsibilidade, que estabeleça um percentual fixo para investimentos em defesa, nos moldes do que já ocorre na educação e na saúde.

O orçamento da defesa precisa ser imune a pressões políticas, porque estamos cuidando da sociedade. Defesa não dá voto”, enfatizou. Múcio também chamou atenção para os altos custos do setor: “Um avião militar pode custar 100 milhões de dólares, um submarino, milhões de euros”.

Para ele, mais do que tanques e armas, a diplomacia segue sendo a principal ferramenta de defesa, mas precisa ser respaldada por forças armadas bem equipadas e estruturadas. “A arma mais importante da defesa do mundo passou a ser a diplomacia. Mas, para negociar a paz, é preciso ter força”, concluiu.

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