Tragédia no Sul: Enchentes no Rio Grande do Sul Expuseram Desigualdades e Falhas Estruturais

Mais de 200 mortos e meio milhão de deslocados. Relatório da CIDH aponta omissão do poder público e alerta para agravamento da crise climática.

As enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul entre abril e maio de 2024 deixaram um rastro de destruição e revelaram graves falhas estruturais. Com mais de 200 mortos e meio milhão de pessoas forçadas a deixar suas casas, o desastre foi um dos mais impactantes da história recente do estado.

Um ano depois catástrofe, o Escritório do Relator Especial sobre Direitos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais da CIDH (Redesca) publicou um estudo sobre os impactos das inundações no sul do estado do Brasil. Este é o primeiro relatório deste órgão dedicado a uma tragédia climática. Após uma visita a várias comunidades afetadas, o documento investiga a relação entre as mudanças climáticas e as decisões políticas locais que, em um contexto de degradação ambiental gradual, intensifica as desigualdades pré-existentes nas localidades e deixa milhares de pessoas presas entre o abandono institucional e a urgência da reconstrução.

Esse relatório emitido pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) aponta que as inundações agravaram vulnerabilidades já existentes, especialmente entre comunidades indígenas, quilombolas e habitantes de zonas rurais. O documento também destaca a precariedade dos abrigos, sistemas de alerta ineficientes e a ausência de políticas eficazes de contenção.

A CIDH alertou ainda que a crescente frequência e intensidade de eventos climáticos extremos está diretamente ligada às mudanças climáticas e à falta de preparo por parte das autoridades.

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