Entenda a simbologia por trás de cada um dos looks dos co-hosts do Met Gala

Pharrell Williams, Lewis Hamilton, A$AP Rocky e Colman Domingo deram o nome e o sobrenome na noite de ontem, cada um interpretando o dress code à sua maneira, e com muito estilo, claro. Então, já era de se esperar que os looks dos co-hosts do Met Gala 2025 estaria carregado de simbologias e curiosidades que vão muito além da estética, não é mesmo? Afinal, intepretações e homenagens são individuais, assim como suas personalidades. 

E se tem uma coisa que o tapete do Met celebra é justamente isso: moda como expressão individual. Abaixo, destrinchamos cada um dos visuais escolhidos pelos co-hosts ao lado de Anna Wintour. Vem com a gente!

O código de vestimenta da noite era “Tailored for You“, que, em tradução livre, significa “Sob Medida para Você”. Segundo a Vogue e o próprio Met, a escolha faz referência ao foco da exposição na moda masculina e foi “propositalmente projetada para fornecer orientação e convidar à interpretação criativa“. Ou seja, havia espaço para diferentes leituras, mas, acima de tudo, a ideia é que cada um abrace seu estilo pessoal inspirados no dandismo negro.

Foto: Lewis Hamilton (Reprodução/Getty Images)

Lewis Hamilton

O heptacampeão da Fórmula 1 passou nada menos que três meses desenvolvendo seu visual para o Met Gala 2025 ao lado do stylist Eric McNeal. “Tanto cuidado foi dedicado a este look. O que o torna especial é que não se trata apenas de moda — trata-se de significado”, contou McNeal à Vogue. A dupla se inspirou nas pinturas de Barkley L. Hendricks, especialmente nas obras em que pessoas negras vestem branco, em fundos igualmente brancos.

Para criar o visual, eles contaram com a estilista Wales Bonner, que trouxe referências potentes, mas também quis traduzir a própria identidade de Hamilton. A faixa do piloto foi forrada com búzios — um símbolo de proteção nas culturas africanas — e ele ainda usou ear cuffs, abotoaduras e broches inspirados em baobás.

Crédito: Colman Domingo (Reprodução/Getty Images)

Crédito: Andre Leon Telley em 2011 (Reprodução/Vogue)

Colman Domingo

Antes de revelar seu look, Colman Domingo foi visto saindo do hotel com uma capa azul longa cravejada de joias, feita sob medida pela Valentino de Alessandro Michele. Ao chegar ao blue carpet, o ator explicou que queria homenagear as igrejas negras, destacando como espiritualidade e estilo caminham juntos em sua trajetória. Muita gente, no entanto, também enxergou uma referência direta ao look icônico de André Leon Talley no Met de 2011.

Foto: Colman Domingo (Reprodução/Getty Images)

Mas foi só nas escadarias que ele revelou o terninho xadrez preto e branco — também Valentino. No lugar da gravata, um lenço de seda de bolinhas, combinado com uma flor presa no peito. O visual foi arrematado com joias impactantes, como anel de mindinho e ear cuffs. Um show de elegância com mensagem!

Foto: A$AP Rocky (Reprodução/Getty Images)

A$AP Rocky

Com um look assinado por sua própria agência criativa, a AWGE, A$AP Rocky chegou como um dândi moderno e cheio de referências pessoais. Ele apostou numa releitura da alfaiataria clássica misturada a códigos do Harlem — o bairro de Nova York onde cresceu. O casaco oversized, conhecido como “marmot”, é típico da região e usado por todos durante o inverno. De acordo com ele, essa peça era a “jaqueta da sua adolescência”.

“É uma jaqueta técnica para atividades ao ar livre, mas tem um formato belíssimo”, contou seu stylist e amigo de longa data, Matthew Henson, à Vogue. Juntos, eles criaram um visual que equilibra passado, presente e identidade com perfeição. Sinceramente? O resultado não poderia ter saído melhor.

Foto: Pharrell Williams e Helen Lasichanh (Reprodução/Getty Images)

Pharrell Williams

Coberto por mais de 100 mil pérolas, Pharrell Williams cruzou o Met Gala com um look desenhado por ele e pela equipe da Louis Vuitton — um privilégio de quem comanda a direção criativa masculina da grife. Só o paletó levou 980 horas para ser finalizado, e as pérolas não foram escolhidas por acaso: elas fazem parte da história e da essência do artista.

Para Pharrell, o dandismo negro é uma questão de intenção. “Não se trata apenas de se vestir bem. Trata-se de usar o estilo como forma de autoexpressão e liberdade”, disse à Vogue.