Roberto Campos Neto assumirá cargo de liderança no Nubank após deixar o BC

O Nubank anunciou que Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central do Brasil, assumirá o cargo de Vice-Chairman e Chefe Global de Políticas Públicas da Nu Holdings a partir de 1º de julho de 2025. Ele também integrará o Conselho de Administração da empresa como membro não independente.

Campos Neto ocupará o cargo após cumprir o período de quarentena de seis meses determinado pela legislação brasileira. Ele se reportará diretamente a David Vélez, fundador e CEO do Nubank, e terá como missão liderar iniciativas relacionadas à inovação, estratégia regulatória e relações institucionais com órgãos reguladores globais. Sua atuação também incluirá representação da companhia em fóruns e conselhos internacionais.

Economista de formação, Campos Neto nasceu no Rio de Janeiro em 28 de junho de 1969. É neto do economista e ex-ministro Roberto Campos, que comandou o Ministério do Planejamento no governo Castelo Branco (1964–1967) e foi um dos idealizadores do Banco Central e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Graduou-se em Economia pela Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA), em 1993, e concluiu especialização em Finanças pela mesma instituição em 1995.Wikipédia, a enciclopédia livre

Entre 1996 e 1999, Campos Neto atuou no Banco Bozano Simonsen, ocupando cargos como operador de derivativos de juros e câmbio, operador de dívida externa e executivo da área de renda fixa internacional. Com a aquisição do Bozano Simonsen pelo Banco Santander, integrou a equipe do Santander Brasil, onde exerceu funções de liderança, incluindo chefe da área de renda fixa internacional e responsável pela tesouraria e mercados regionais e internacionais até 2019.

Em 15 de novembro de 2018, foi anunciado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro como futuro presidente do Banco Central do Brasil, sucedendo Ilan Goldfajn. Sua nomeação foi aprovada pelo Senado Federal com 55 votos favoráveis e 6 contrários. Assumiu o cargo em 28 de fevereiro de 2019 e permaneceu até 31 de dezembro de 2024.

Durante sua gestão, destacou-se por iniciativas voltadas à modernização do sistema financeiro brasileiro, como o lançamento do sistema de pagamentos instantâneos PIX, promovido pelo Banco Central, e a promoção do Open Finance. Além disso, liderou o desenvolvimento do Drex, o real digital baseado em tecnologia blockchain.

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