WhatsApp vence disputa judicial contra empresa que criou ‘espião’ para o app

A Meta ganhou o processo contra a fabricante de spyware, NSO Group, que criou um spyware usado para espionar 1,4 mil usuários de WhatsApp. A decisão foi tomada por um júri federal na Califórnia na terça-feira (6) e é recorrente da ação movida em 2019 pela empresa de Mark Zuckerberg. 

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“O veredito de hoje no caso do WhatsApp representa um importante avanço para a privacidade e a segurança, sendo a primeira vitória contra o desenvolvimento e o uso de spyware ilegal que ameaça a segurança e a privacidade de todos”, afirmou a Meta em comunicado. 

O processo movido pela Big Tech aconteceu após engenheiros da empresa detectarem uma vulnerabilidade que permitia que o spyware Pegasus fosse instalado por meio de uma ligação telefônica, mesmo sem que os usuários atendessem.


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A Meta também teve o auxílio do Citizen Lab, laboratório interdisciplinar da Universidade de Toronto (Canadá) que investiga ameaças digitais à sociedade civil, para analisar os ataques.

Através da vulnerabilidade, milhares de pessoas que utilizavam o WhatsApp, incluindo ativistas, jornalistas e diplomatas, foram alvos da espionagem possibilitada pelo spyware em 2019.

Ao portal TechCrunch, o porta-voz da NSO Group, Gil Lainer, informou que a empresa vai examinar o veredito e que buscará “medidas legais cabíveis, incluindo novos procedimentos e um recurso“.

Spyware no WhatsApp

A instalação do Pegasus poderia comprometer o aparelho do usuário e coletar informações de qualquer aplicativo instalado no dispositivo. Assim, dados financeiros, de localização, e-mails e mensagens de textos poderiam ser acessados.

Além disso, a câmera e o microfone poderiam ser ativados remotamente pelo software malicioso desenvolvido pelo NSO Group sem que as pessoas autorizassem ou soubessem. 

“O Pegasus utilizou muitos outros métodos de instalação de spyware para explorar tecnologias de outras empresas e manipular os dispositivos das pessoas, fazendo-as baixar códigos maliciosos e comprometer seus telefones”, explicou a Meta. 

Agora, a Big Tech buscará obter uma ordem judicial para impedir que o NSO Group volte a atacar o WhatsApp novamente.

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