Ataques aéreos em Gaza durante a madrugada deixam 54 mortos


Foi a segunda noite de bombardeios intensos, após ataques aéreos na quarta-feira no norte e sul de Gaza que mataram pelo menos 70 pessoas, incluindo ao menos de 20 crianças. Um hospital no sul da Faixa de Gaza informou que 54 pessoas morreram em ataques aéreos noturnos de Israel na cidade de Khan Younis, na madrugada desta quinta-feira (15). O Ministério da Saúde de Gaza é controlado pelo grupo terrorista Hamas.
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Um cinegrafista da Associated Press, em Khan Younis, contou 10 ataques aéreos durante a noite e viu diversos corpos sendo levados ao necrotério do Hospital Nasser, na cidade. Alguns corpos chegaram em pedaços, com sacos mortuários contendo restos mortais de várias pessoas.
Entre os mortos estava um jornalista que trabalhava para a emissora de televisão catari Al Araby TV, anunciou a rede em suas redes sociais, informando que Hasan Samour foi morto junto com 11 membros de sua família em um dos ataques em Khan Younis.
Os ataques ocorrem enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, visita o Oriente Médio, passando por países do Golfo, mas não por Israel. Havia uma grande expectativa de que a visita regional de Trump pudesse abrir caminho para um acordo de cessar-fogo ou a renovação da ajuda humanitária para Gaza. O bloqueio israelense ao território já dura três meses.
Foi a segunda noite de bombardeios intensos, após ataques aéreos na quarta-feira (14) no norte e sul de Gaza que mataram pelo menos 70 pessoas, incluindo quase duas dezenas de crianças.
Palestino inspeciona a casa onde a recém-casada palestina Hala Zaarab foi morta em um ataque aéreo israelense, em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, em 3 de maio de 2025.
Reuters/Hatem Khaled
As enfermarias ambulatoriais e laboratoriais do hospital Al-Ahli Arab Baptist são vistas após serem atingidas por um ataque do exército israelense no sábado à noite, após um alerta emitido pelo exército para evacuar pacientes, em Gaza, domingo, 13 de abril de 2025.
AP News
Ataques intensificados
Palestino registra explosões e colunas de fumaça na Faixa de Gaza
Israel intensificou os bombardeios na Faixa de Gaza nas últimas horas e matou ao menos 80 pessoas entre terça (13) e quarta-feira (14), segundo a Defesa Civil palestina. Entre os mortos estão 22 crianças, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo terrorista Hamas.
Um balanço da Saúde de Gaza publicado às 7h desta quarta-feira no horário de Brasília fala em 70 mortos, e disse que ainda há várias vítimas sob os escombros e nas ruas, que ainda serão socorridas por equipes de resgate e defesa civil. Mais de cem ficaram feridos pelos ataques das últimas horas, segundo a pasta.
Médicos locais afirmaram que a maioria das vítimas desta quarta-feira, incluindo mulheres e crianças, morreu em decorrência de uma série de ataques aéreos israelenses que atingiram várias casas na região de Jabalia, no norte de Gaza.
A escalada dos ataques ocorre em meio a falas do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de que seu Exército “completará a ofensiva” contra o Hamas com “força total”, e durante a viagem do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pelo Oriente Médio.
Os ataques também ocorrem dias após a libertação de Edan Alexander, refém americano-israelense que estava sob o poder do Hamas desde outubro de 2023 em Gaza.
O Exército israelense não se pronunciou sobre os bombardeios desta quarta-feira desde a última atualização desta reportagem.
Outro ataque aéreo de Israel na terça-feira, ao Hospital Europeu em Khan Younis, no sul do território palestino, matou ao menos 16 pessoas e deixou mais de 70 feridos. Explosões foram ouvidas novamente no local nesta quarta. O Exército israelense afirmou que esse ataque tinha como alvo um “centro de comando do Hamas” que funciona abaixo do local. O grupo terrorista negou.
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