Procuradores ganham “Bolsa-iPhone” de R$ 22 mil em São Paulo

A Procuradoria Geral do Município (PGM) de São Paulo criou em fevereiro um auxílio para a compra de eletrônicos por parte dos procuradores. Como reportado pelo UOL, o benefício chega ao valor de R$ 22 mil, para aquisição de 41 tipos de produtos, incluindo celulares, notebooks, tablets e mais. 

  • Vai ter “iPhone barato” todo ano? Entenda a estratégia do iPhone 16e
  • É melhor comprar iPhone usado ou Android intermediário novo?

Desta forma, os procuradores podem comprar os itens e pedir reembolso à PGM, mediante apresentação de nota fiscal. O auxílio é renovado a cada três anos.

  • 🤩 Procurando um novo celular? Veja os melhores preços no WhatsApp do CT Ofertas 

Os itens comprados não são atribuídos ao patrimônio público, e permanecem em posse privada dos procuradores. As solicitações de reembolso estão associadas a produtos como iPhones (de até R$ 10,2 mil) e MacBooks (até R$ 16,5 mil). 


Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.

Contudo, alguns produtos específicos extrapolam o valor limite. É o caso de Luis Arellano, procurador de carreira, que comprou um MacBook Air e um iPhone 15, no valor de R$ 22,3 mil — o reembolso realizado foi o teto de R$ 22 mil.

iPhone 16 Pro
Auxílio de R$ 22 mil é usado para comprar celulares e outros eletrônicos (Imagem: Matheus Melo/Canaltech)

Já o procurador Lucas Reis Lyra pediu um reembolso relacionado a um monitor gamer, mouse gamer e teclado mecânico gamer, além de um smartphone e um notebook. O pedido, que chega ao valor de R$ 20,4 mil, está sob análise da PGM. 

As rendas dos procuradores chegam a R$ 45.580 mensais, que representam o teto do funcionalismo público. Trata-se de uma remuneração maior que a do prefeito de SP (R$ 38.039), vice-prefeito (R$ 34.235) e secretários do município (R$ 32.333).

Custeio do benefício gera discussão

Estima-se que o “auxílio-iPhone” possa representar um custo total superior a R$ 8 milhões, visto que São Paulo tem 397 procuradores. A PGM defende que essa verba não vem de fundos públicos, mas é “de caráter privado”. 

Afinal, segundo a PGM, o valor viria de pagamentos de honorários feitos por devedores do município acionados judicialmente. Além disso, a verba só seria creditada após a vitória da Procuradoria.  

Em 2015, o Código Civil foi alterado para permitir que advogados públicos também recebessem os honorários. Na sequência, leis federais e estaduais passaram a considerar o valor pago em dívidas também como honorários. 

Já em 2018, a então procuradora-geral da República, Raquel Dodge contestou o pagamento de honorários a advogados públicos. Um ano depois, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que a renda somada entre remuneração e honorários não poderia ultrapassar o teto do funcionalismo.

Leia mais no Canaltech:

  • iPhone dos 20 anos terá bateria “100% silício” e tela sem bordas, diz site
  • Galaxy S25 FE vai ganhar nova câmera para selfies, revela site
  • Novo ar-condicionado da Xiaomi elimina o vírus da gripe com tecnologia exclusiva

Saiba como ficará o visual do próximo iPhone:

 

Leia a matéria no Canaltech.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.